Da
Agência Estado
RIO - Ao contrário do que costumava acontecer na preparação para a Copa
do Mundo, com a Fifa criticando
e cobrando o governo federal - como o polêmico "chute no traseiro"
defendido pelo secretário geral Jérôme Valcke -, nesta
sexta-feira foi a vez de o Ministério das Comunicações elevar o tom contra
a entidade que controla o futebol mundial. O secretário executivo do
ministério, Cezar Alvarez, fez críticas ao planejamento da Fifa para a Copa das Confederações em
relação às telecomunicações.
O
ministério promoveu reunião de balanço com a Fifa esta semana, em Belo
Horizonte. "A Fifa fez uma avaliação bastante positiva do nosso trabalho,
mas fizemos uma avaliação bastante crítica de algumas necessidades, como os tempos
em que a Fifa nos dava informação, o que pode ter prejudicado nosso
trabalho", afirmou Alvarez, o segundo nome do ministério, abaixo só do
ministro das Comunicações, Paulo Bernardo. O secretário deu um alerta para a
Copa do Mundo: "O tempo para os chamados ‘key locations’ (locais-chave)
tem de ser muito bem antecipado".
Na
semana passada, Alvarez havia reconhecido que o sistema 4G, uma das exigências
da Fifa, não estava funcionando 100% nos seis estádios da Copa das
Confederações. Na mesma entrevista, o secretário executivo admitiu que seu
celular não estava funcionando bem dentro do Maracanã - e não era dia de jogo,
com milhares de pessoas tentando usar seus aparelhos simultaneamente.
Uma
das críticas feitas por Alvarez nesta sexta-feira à Fifa foi a demora
da entidade em informar onde ficariam os centros de troca de ingressos, que
precisam, por exemplo, de internet. "Outra coisa: onde realmente vão
treinar os times?", afirmou Alvarez, citando o caso da seleção do Uruguai,
que às vésperas da competição trocou de centro de treinamento algumas vezes em
Recife por causa da chuva.
"Não
é obrigação direta contratual nossa (do governo), mas é sempre bom vocês
(jornalistas) terem boa cobertura".
ORÇAMENTO
Outro problema, segundo ele, foi o atraso das obras de reforma e construção dos seis estádios do torneio. A infraestrutura de telecomunicações, de acordo com o secretário, foi sempre a última a ser instalada e, com os atrasos, as empresas tiveram menos tempo para trabalhar. "Agora, para o Mundial, o prazo para os seis estádios é dezembro. Pode acontecer um mês antes ou depois, mas teremos tempo para trabalhar de cinco a seis vezes superior ao que tivemos agora".
Outro problema, segundo ele, foi o atraso das obras de reforma e construção dos seis estádios do torneio. A infraestrutura de telecomunicações, de acordo com o secretário, foi sempre a última a ser instalada e, com os atrasos, as empresas tiveram menos tempo para trabalhar. "Agora, para o Mundial, o prazo para os seis estádios é dezembro. Pode acontecer um mês antes ou depois, mas teremos tempo para trabalhar de cinco a seis vezes superior ao que tivemos agora".
Esta
semana, a Câmara dos Deputados cancelou verba de R$ 43 milhões que seria
destinada ao ministério das Comunicações para contratação de serviços para as
Copas do Mundo e das Confederações. Como a verba faz parte de uma Medida
Provisória (MP) que será analisada pelo Senado, Alvarez disse que o ministério
vai conversar com os senadores. "Vamos dialogar para eles perceberem que
aqui tem legado, serviço já executado e em execução".
O
secretário confirmou que parte da verba cancelada já foi paga pelo ministério à
Telebrás, contratada para o serviço. "A MP previa R$ 43 milhões, mas
baixamos para R$ 33 mi." Ele admite que não sabe o que acontecerá se o
Senado cancelar. "Desfeitos, os serviços não serão".
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