Luciene
Cruz*
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O
ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse hoje (17) que o governo brasileiro
está construindo um novo ciclo de desenvolvimento no setor do país. Segundo
ele, a contratação de médicos estrangeiros e a obrigatoriedade de atendimento,
no Sistema Único de Saúde (SUS), por dois anos após o fim do curso de medicina
visam a garantir a melhoria do atendimento no serviço público do país.
“Saúde não
se faz sem profissionais de qualidade. Hospital bem estruturado sem médicos é
como se fosse hotel de luxo e não oferece nada. [São] médicos comprometidos que
fazem a diferença para salvar vidas”, disse durante reunião do Conselho de
Desenvolvimento Econômico e Social (CDES).
Padilha
voltou a destacar que a contratação de médicos estrangeiros não vai eliminar
postos de trabalho dos profissionais brasileiros. “Estamos fazendo chamada
nacional para oferecer aos médicos brasileiros oportunidade de irem para a
periferia ou o interior. Caso não existam médicos em número suficiente,
chamaremos médicos estrangeiros.”
O titular da
pasta ressaltou que, até 2014, mais de 35 mil postos de trabalho para os
profissionais de saúde devem ser criados no país. “Não testamos tirando emprego
de médico brasileiro, pelo contrário, estamos gerando emprego”, disse Padilha.
O ministro
ressaltou ainda que a criação do segundo ciclo de curso de medicina, prevista
no Programa Mais Médicos, tem como finalidade a especialização do profissional.
“Queremos fazer uma profunda mudança na formação do profissional médico. Não é
à toa, que vários países adotaram [isso]”, disse. “É uma forma de ter o
conhecimento completo e não em partes”, defendeu.
O ministro
da Educação, Aloizio Mercadante, tembém defendeu a iniciativa do governo que
prevê a contratação de médicos estrangeiros. Segundo ele, a “importação” de
profissionais formados no exterior visa atender ao déficit de médicos que
existe no país. “Seja do ponto de vista de médicos trabalhando ou de cursos de
medicina, faltam médicos no Brasil”.
Mercadante
destacou ainda que o segundo ciclo de formação de medicina, do Programa Mais
Médicos, vai colaborar para melhorar a situação da saúde pública no país.
“Queremos ter uma melhor política pública de distribuição dos médicos. São dois
caminhos para melhorar essa situação.”
O ministro
também comparou os protestos contra as novas medidas à resistência ocorrida na
época da implantação do sistema de cotas e da prova do Exame Nacional do Ensino
Médio (Enem). “A resistência do Enem foi a mesma, a indústria de vestibular não
queria, Também tivemos resistência com a política de cotas”, defendeu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário