quinta-feira, 5 de setembro de 2013

MP ABRE INQUÉRITO PARA INVESTIGAR LICITAÇÕES DE FESTAS EM ASSU, RN.

Ministério pede cópias de processos de dispensa de licitação de 2008.
Portaria foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) desta quinta (5).


Felipe GibsonDo G1 RN

O Ministério Público do Rio Grande do Norte abriu inquérito civil para investigar a contratação de bandas e realização de eventos festivos na cidade de Assu, na região Oeste do estado. O alvo da ação são os processos licitatórios promovidos pela prefeitura do município em 2008. A portaria que informa a abertura do inquérito foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) desta quinta-feira (5).
A publicação cita o nome de seis pessoas e duas empresas entre os investigados no inquérito. Os promotores Augusto Carlos Rocha de Lima, coordenador do Grupo de Atuação Regional de Defesa do Patrimônio Público, e Jocyara Moares Cunha, solicitam à Prefeitura de Assu cópias de cinco processos de licitação realizados em 2008.

O MP pede também remessas de todos os processos de dispensa de licitação efetuados no ano. Os documentos devem ser apresentados ao órgão ministerial em um prazo de 15 dias, conforme especifica a portaria.

Macau e Guamaré

Em abril deste ano o Ministério Público deflagrou a operação Máscara Negra para combater supostas fraudes em licitações para contratações de bandas e eventos festivos nas cidades de Guamaré e Macau, ambas na região da Costa Branca do Rio Grande do Norte. Também foram cumpridos mandados em São Paulo, Ceará, Pernambuco, Bahia e Paraíba.

Os mandados de busca e apreensão e de prisão foram assinados pela juíza da comarca de Macau, Cristiany Maria de Vasconcelos Batista. A Polícia Militar deu apoio aos promotores no cumprimento dos mandados.
O MP revelou que, “só no ano passado, a Prefeitura de Guamaré gastou mais de R$ 6 milhões em festividades, enquanto que a de Macau chegou à cifra de R$ 7 milhões entre 2008 e 2012. Esses gastos com contratações de bandas e serviços para festas compreendem mais de 90% do recebido em royalties no período e mais de 70% do recebido em FPM (Fundo de Participação dos Municípios)”.


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