Da Agência Estado
O Primeiro
Comando da Capital (PCC) decretou a morte do governador Geraldo Alckmin.
Interceptações telefônicas mostram que pelo menos desde 2011 a facção planeja
matar o governador de São Paulo.
O Estado teve
acesso ao áudio de uma interceptação telefônica na qual um dos líderes do PCC,
o preso Luis Henrique Fernandes, o LH, conversa com dois outros integrantes da
facção. O primeiro seria Rodrigo Felício, o Tiquinho, e o segundo era o integrantes
da cúpula do PCC, Fabiano Alves de Sousa, o Paca.
A conversa
ocorreu no dia 11 de agosto de 2011, às 22h37. Paca questiona os comparsas
sobre o que deveriam fazer. Em seguida, manda seus comparsas arrumarem
"uns irmãos que não são pedidos (que não são procurados pela polícia) e
treinar".
O treinamento
para a ação seria para fazer um resgate de presos ou para atacar autoridades.
No meio da
conversa, surge a revelação. LH diz que o tráfico de drogas mantido pela facção
está passando por dificuldades. E diz: "Depois que esse governador
(Alckmin) entrou aí o bagulho ficou doido mesmo. Você sabe de tudo o que
aconteceu, cara, na época que 'nois' decretou ele (governador), então, hoje em
dia, Secretário de Segurança Pública, Secretário de Administração, Comandante
dos vermes (PM), estão todos contra 'nois'."
Em escutas
recentes, a ordem de matar o governador foi novamente mencionada por membros do
PCC.
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