Ednilto Neves
O
Ministério Público Federal (MPF) denunciou quatro homens por participação no
assassinato do agente penitenciário Lucas Barbosa, crime ocorrido no dia 17 de
dezembro de 2012 em Mossoró-RN. O MPF pediu a condenação dos acusados por
homicídio qualificado, ocultação de cadáver e associação criminosa. A denúncia
considera que o crime foi cometido por motivo fútil, de forma cruel e mediante
meio que dificultou a defesa da vítima, logo após o terem identificado como
agente do Presídio Federal de Mossoró.
As
investigações apontaram que no dia do assassinato, por volta das 19h, o grupo
estava realizando assaltos a casas no bairro do Alto de São Manoel, quando
abordaram e dominaram a vítima no momento em que Lucas Barbosa se aproximava de
sua casa. Ao identificar o agente penitenciário, os homens decidiram matá-lo.
De
acordo com os detalhes da investigação, parte da quadrilha entrou no carro da
vítima e seguiu em direção à Estrada da Raiz, enquanto o restante acompanhava o
trajeto em outro veículo. Ao chegar ao destino, eles vestiram o uniforme de
agente penitenciário na vítima e amarraram Lucas Barbosa. Os denunciados
atiraram pelo menos 14 vezes com pelo menos três armas de calibres 38 e .40.
Segundo
o inquérito policial, os quatro denunciados integram uma quadrilha ainda maior
e respondem por diversos crimes, sendo "bandidos conhecidos na cidade de
Mossoró". Logo após assassinarem o agente penitenciário, eles esconderam o
cadáver no matagal e colocaram fogo no veículo da vítima.
Durante
a ação, "Luizinho" colocou seu chip no celular de Lucas Barbosa e
efetuou diversas ligações para os demais membros da quadrilha, como forma de se
comunicar diretamente do carro do agente com o outro automóvel utilizado na
fuga. "Nesse cenário, avulta que a intenção dos réus, após descobrirem que
a vítima era um agente penitenciário federal, foi a de pôr fim à vida de Lucas
Barbosa Costa, uma vez que este não fez um único disparo sequer e nem reagiu à
suposta tentativa de assalto, enquanto os réus efetuaram mais de 14 tiros,
todos eles certeiros e a maioria em regiões vitais, como tórax e cabeça",
descreve a denúncia do MPF. A ação irá tramitar na 8ª Vara Federal, em Mossoró,
sob o número: 0001882-81.2013.4.05.8401.
O
CASO
O
corpo do agente Lucas foi localizado em uma estrada carroçável, na manhã do dia
18 de dezembro de 2012, no trecho identificado como "Estrada da
Raiz", às margens da RN 013, que liga à cidade de Tibau-RN. Um crediarista
que passava pelo local viu o cadáver e acionou a Polícia Militar da guarnição
de Tibau que passava pela rodovia no momento.
A
Polícia Técnica identificou no corpo do agente penitenciário marcas de tiros de
pistola calibre .40, cerca de 13 perfurações por todo corpo, incluindo a
cabeça. O carro da vítima, um Kia Cerato de cor prata e placa NNR-5181
Mossoró-RN, foi incendiado a alguns metros de distância de onde o corpo foi
encontrado. O corpo do agente também apresentava sinais de tortura, as mãos
estavam amarradas com uma corda.
Fonte:
Gazeta do Oeste
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