terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

SESAP INFORMA QUE CORREDOR DO WALFREDO GURGEL ESTÁ VAZIO HÁ 6 MESES

No último sábado (8), o Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel (HMWG) completou seis meses com o corredor do setor de politrauma sem acúmulo de macas. O esvaziamento da área, que já contou com 100 pacientes distribuídos por toda a sua extensão, foi possível graças a um conjunto de ações e investimentos implementados pela Secretaria Estadual da Saúde Pública (Sesap) e pela direção do hospital.
O Secretário Estadual da Saúde Pública, Luiz Roberto Leite Fonseca, diz que está feliz com o atual quadro apresentado pelo hospital. “Mesmo que por uma vez ou outra, devido a um fim de semana com mais ocorrências de acidentes, o corredor do trauma ainda fique, por pouco tempo, com dois ou três pacientes em macas, a situação tem sido controlada”, afirma.
Iniciado em agosto do ano passado, o primeiro mutirão de cirurgias ortopédicas conseguiu dar vazão a pacientes que há meses esperavam por um procedimento eletivo. O resultado do trabalho, idealizado pela Sesap, conseguiu, já na primeira semana, deixar o corredor do trauma sem nenhuma maca. A ação foi pioneira e adotada de forma emergencial, uma vez que a responsabilidade em prestar assistência a estes procedimentos de baixa e média complexidade é do município de Natal, o qual, há meses, não vinha cumprindo com seu papel de gestor. Ao todo, a Sesap chegou a realizar dois mutirões de cirurgias, nos meses de agosto e dezembro do ano passado, quando atendeu a mais de 700 pacientes, num investimento em torno de 1,8 milhões oriundos dos Governos Estadual e Federal.
Já desde setembro último, a abertura da sala de observação do trauma vem dando o suporte para que os pacientes politraumatizados, porém, sem comprometimento de seu estado de saúde, não precisem mais permanecer no corredor. O espaço conta com nove boxes, cortinas, um banheiro e ar condicionado. A sala tem agradado a pacientes e acompanhantes, inclusive àqueles que conheceram a dura realidade de quem passou dias internados em uma maca no corredor.
A acompanhante Maria da Piedade do Nascimento está com seu pai internado há dois dias na sala de observação do trauma, acometido por um acidente vascular cerebral (AVC). Apesar de não relembrar a data exata, Piedade conta que esteve no corredor do trauma quando a área permanecia constantemente cheia de pacientes. Na época, ela acompanhava seu marido que também esteve internado no hospital. “Quando tinha esse corredor era ruim demais. As macas ficavam batendo umas nas outras, na gente. Com essa sala melhorou muito. Não tem nem comparação”, afirmou.
Para a diretora geral do HMWG, Maria de Fátima Pereira Pinheiro, “tirar os pacientes do trauma do corredor foi realmente uma vitória, mas não podemos relaxar, pois nossa demanda ainda continua muito alta. Quando todos os serviços de saúde do RN estiverem com seus perfis assistenciais definidos e a rede básica de Saúde puder prestar a assistência que a população precisa, o Walfredo Gurgel não terá mais paciente nenhum em corredor. Com isso, poderemos oferecer uma melhor assistência aos nossos usuários”, afirmou.
O livre acesso a área de circulação também tem agradado aos funcionários que atuam no Pronto Socorro. A enfermeira da Classificação de Risco, Mariana Consulim, diz que “o corredor vazio assim facilita o trânsito dos funcionários, dos pacientes que precisam realizar exames, das equipes da nutrição”.  
O Secretário da Sesap, Luiz Roberto Fonseca, ainda destacou o empenho da Secretaria Municipal de Saúde de Natal (SMS) que, em janeiro deste ano, conseguiu regularizar contratos essenciais para a Saúde Pública, o que vem possibilitando a retomada dos fluxos de atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS) no Rio Grande do Norte e efetivar a integração entre Governo Federal, Estadual e Municipal na assistência à população.
“A assinatura do contrato regular da SMS com o Hospital Médico Cirúrgico (HMC), por exemplo, permitiu a retomada do fluxo de cirurgias ortopédicas, antes prejudicado por problemas no contrato da SMS com o prestador. Essas pendências estavam causando transtornos aos pacientes que necessitam dos procedimentos, enquanto agora, a observação do fluxo do segundo tempo cirúrgico na ortopedia assegura celeridade e dignidade à assistência de pacientes vítimas de trauma”, disse.

Fonte: Defato

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