terça-feira, 11 de março de 2014

BISPO DIOCESANO APRESENTA DETALHES DA CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2014

Atividades da Campanha em Mossoró foram apresentadas durante coletiva

"Liberdade não se vende. Dignidade não se compra". A afirmação do bispo dom Mariano Manzana traduz um dos principais objetivos da Campanha da Fraternidade (CF) 2014, cuja programação foi detalhada na manhã de ontem, durante coletiva de imprensa promovida pela Diocese de Santa Luzia, na Unidade de Convivência da Família (UCF) do bairro Barrocas.

O evento contou com a presença de representantes do Poder Executivo municipal, Legislativo, Polícia Civil, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), além de membros da Igreja Católica, como o bispo dom Mariano Manzana e a coordenadora da Comissão para as Campanhas da Diocese de Santa Luzia, Ana Duarte, que elencou as atividades que serão realizadas a partir de agora dentro da programação da CF, que tem como tema "Fraternidade e Tráfico Humano":

"Nossa comissão é formada por 15 pessoas, que têm como missão divulgar e realizar a Campanha, em parceria com as paróquias, escolas. Estamos distribuindo material informativo na rede municipal de ensino, na rede privada. Serão realizadas ainda vias-sacras pelas ruas, encontros com as famílias, seminários, uma série de atividades, não somente no período da Quaresma, mas ao longo de todo o ano", relatou a coordenadora.

Em sua fala, o bispo dom Mariano Manzana destacou a escolha do lugar onde a coletiva com a imprensa foi realizada. A Unidade de Convivência da Família do Barrocas atende hoje um total de 252 crianças, além de jovens, adultos e idosos. "Estamos saindo da sacristia, indo ao encontro da família, do povo. A Campanha da Fraternidade sempre trata de temas de interesse geral da sociedade e este ano a intenção é que possamos quebrar as correntes que aprisionam as pessoas", refletiu.
Segundo o texto-base da Campanha da Fraternidade 2014, que tem como lema "É para a liberdade que Cristo nos libertou", inspirado na Carta aos Gálatas, aqueles que praticam o tráfico humano exploram pessoas de várias atividades: construção, confecção, entretenimento, sexo, serviços agrícolas e domésticos, adoções ilegais, remoção de órgãos e outras.
"São atualmente cerca de 2,5 milhões de homens e mulheres explorados sexualmente no Brasil, movimentando um mercado de 32 bilhões de dólares, em todo o mundo. Precisamos estar conscientes desse problema, denunciar é o primeiro passo para se fazer justiça", alertou o bispo dom Mariano Manzana.
Números
Somente em 2013 os Conselhos Tutelares de Mossoró contabilizaram 26 casos de abuso e exploração sexual envolvendo crianças e adolescentes. Para Umberiana Maniçoba, coordenadora da 34ª Zona, a Campanha da Fraternidade é um momento adequado para se discutir formas para combater esse tipo de violação.
"O que temos visto é a infância sendo roubada, todos os direitos da criança e do adolescente sendo violados. A sociedade precisa se indignar diante de tudo isso, lutar para que essa violação não continue acontecendo, juntar forças, denunciar, procurar a Igreja, Prefeitura, Câmara Municipal, quem estiver mais próximo, para relatar esses graves problemas que estamos vivenciando", conclui Umberiana Maniçoba.

Fonte: O Mossoroense

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