A falta de
segurança para quem transita pelas rodovias que cortam a região Oeste do Estado
do Rio Grande do Norte não decorre apenas das precárias condições físicas de
tais rodovias. Mais do que isso, assaltos a mão armada, realizados por
quadrilhas diversas, têm sido constatados com muita frequência nessas estadas.
Alguns pontos são
críticos, tamanha a reincidência de assaltos neles ocorridos. São os casos da
RN 117, principalmente no trecho entre Olho D´água do Borges e Caraúbas; da RN
233, no trecho localizado entre Assu e Triunfo Potiguar, passando por Paraú, no
trecho que vai de Campo Grande a Caraúbas e também no trecho entre Caraúbas e
Apodi; e da BR 226, nos trechos entre Messias Targino e Janduís e entre Janduís
e Campo Grande.
Não faz muito tempo
que a equipe da Sétima Delegacia Regional de Polícia Civil, de Patu, com o
apoio de policiais militares, prendeu membros de uma quadrilha que assaltava em
rodovias da região Oeste do Rio Grande do Norte.
Depois dessa
prisão, houve um pequeno recuo no número de assaltos. Porém, ficando claro que
são muitas as quadrilhas que agem na região, novos assaltos voltaram a
acontecer em estradas que ligam Municípios do Oeste potiguar.
Nesta quinta-feira,
10 de julho, novamente aconteceu assalto na RN 117, entre as cidades de Olho
D´água do Borges e Caraúbas.
Nesta sexta-feira,
11, por volta das 6 horas da manhã, assaltantes montaram barreira na BR 226,
entre os Municípios de Janduís e Messias Targino, e assaltaram diversos
motoristas e passageiros que trafegavam pela via.
Os assaltos
acontecem principalmente entre as 5 e 6 horas da manhã, entre 12 e 13 horas
(quando diminui o movimento nas estradas) e à noite.
Em muitos casos, as
vítimas nem mais procuram a Polícia para registrar a ocorrência, porque
simplesmente não acreditam mais que haja um resultado positivo nas
investigações.
No âmbito da Sétima
Delegacia Regional de Polícia Civil, que tem sede em Patu, as investigações
realmente ficam comprometidas, pois a unidade atende nesse momento a mais de
dez Delegacias de Polícia Civil, tendo responsabilidade assim pelas
investigações criminais em mais de dez Municípios. Considerando-se os dias
úteis de funcionamento, a equipe da Sétima DRPC, que não conta com uma
estrutura digna de trabalho, teria que dedicar no máximo dois dias por mês para
cada Município.
Alegando contar com
efetivo bastante reduzido, a Polícia Militar diz não tem como exercer o
trabalho ostensivo-preventivo de forma eficiente.
No caso da BR 226,
a presença da Polícia Rodoviária Federal - PRF certamente ajudaria no combate à
criminalidade, principalmente se considerando que, das Polícias, a PRF é uma
das que dispõe de melhor estrutura de trabalho.
O Governo do Estado
continua fazendo de conta que o problema não é dele, e a população é quem sofre
diante desse descaso com o (des) serviço de segurança pública.
Cada um que precise
trafegar pelas estradas do Oeste norte-riograndense que exercite a sua fé e
reze bastante, pois, se depender do serviço de segurança pública oferecido pelo
Estado, a situação só tende a piorar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário