Edinaldo
Moreno/Da redação do Jornal de Fato
A
partir do 1º de janeiro mais de 20 profissionais do Serviço de Atendimento
Móvel de Urgência em Mossoró (Samu Mossoró) serão afastados de suas funções
devido a estarem com contratos irregulares. O número corresponde a mais de 80%,
afirma a enfermeira Sandra Andrea.
De
acordo Sandra Andrea, a medida vai prejudicar o serviço no município. Ela
explica que essas pessoas não são concursadas, mas tinham a promessa de
participarem de uma seleção para permanecerem no trabalho e não prejudicar o
andamento dos serviços a população.
“Nós
tivemos uma promessa da Secretaria de Saúde que esse pessoal passaria por um
Processo Seletivo em março onde essa situação seria regularizada, mas decidiram
de última essa medida que vai prejudicar o serviço em Mossoró”.
A
enfermeira entende que esta medida é radical, pois muitos desses profissionais,
mesmo sem terem participado de concurso público para entrar no Samu ao longo
destes dez anos fizeram capacitação para atuar no serviço. “Muitos deles estão
aqui há dez anos e deram a vida por isso. Eles participaram de várias
capacitações para prestar o melhor serviço a população durante todo esse
período e são surpreendidos por uma medida radical”.
Sandra
Andrea disse que o argumento usado pela Prefeitura para afastar esses
profissionais diz respeito a situação ilegal destes trabalhadores e que a
Promotoria Pública do município estaria pressionando o Poder Público. Porém,
ela ressalta que os funcionários procuraram o órgão e receberam como resposta
que a informação não procede.
A
funcionária do Samu enfatiza que estas pessoas poderão ser substituídas por
outras e que o serviço prestado a população deverá ser prejudicado devido a
essas pessoas não terem experiência. “O serviço estará prejudicado, pois essas
pessoas que estavam aqui tem experiência com esse serviço. Se porventura,
outras pessoas vierem para cá, mesmo com a capacitação terem um pouco mais de
tempo para adquirem experiência. O nosso trabalho é essencial e um erro pode
não ter mais volta”.
Para
o médico Wedney Livânio, o serviço será prejudicado e tirar o pessoal já
treinado não é o ideal para se fazer nesse momento e que uma conversa
resolveria a situação. Ele ainda afirma que com este impasse a população que
necessita do serviço ficará prejudicada.
Sandra
também explica que os condutores está há dois meses sem receber salários o que
tem angustiado os profissionais. Ela falou que uma empresa foi contratada, mas
não esta respeitando os condutores.
Em
contato com a assessoria de comunicação da Prefeitura, foi dito que essa media
é para corrigir erros antigos de gestões passadas. O Governo municipal está
convocando os profissionais concursados para atuarem no serviço.
Ainda
de acordo com a assessoria, não haverá descontinuidade dos serviços do Samu e
que esses novos profissionais já estariam habilitados para atuarem e que é uma
questão legal provocada pela auditoria realizada na Prefeitura.
A
assessoria explica ainda que onde houver essa desconformidade haverá
substituição destas pessoas por concursados, ressaltando ainda que o Samu receberá
uma ambulância ainda este ano e mais duas em 2015.
A
secretaria de Administração, Glaudionora Silveira, explicou à reportagem que o
município só está cumprindo um direito constitucional. Ela disse que existia um
concurso público em vigor e que essa substituição será gradativa.
“Nós
já começamos a substituição de pessoas com contratos precários, aqueles
temporários, por concursados. Iniciamos esse processo pela Educação e
Desenvolvimento Social e agora está chegando a Saúde. É bom lembrar que estamos
cumprindo apenas o que está na constituição e o que revelou a auditoria que
encontrou inconformidades”.
O
Samu em Mossoró conta com 24 técnicos, sendo 05 concursados, e 12 enfermeiros,
também com 05 concursados.
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