Nestor Cerveró realizou exame de corpo de delito no IML de Curitiba (Foto: Adriana Justi/G1) |
Nielmar de Oliveira - Repórter da Agência Brasil
A Polícia Federal (PF) prendeu, nas primeiras horas da
madrugada de hoje (14), o ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró,
quando o executivo desembarcava no Riogaleão - Aeroporto Internacional Tom
Jobim, no Rio, procedente de Londres, na Inglaterra.
Cerveró
passou toda a madrugada em uma sala especial determinada pela PF nas
dependências do terminal, de onde seguiu de avião para Curitiba, onde estão
presos outros acusados de participar da Operação Lava Jato.
Em nota
divulgada na madrugada, o Ministério Público Federal (MPF) informou que foi
cumprido mandado de prisão preventiva do executivo, uma vez que havia indícios
de que ele “continua a praticar crimes e a transferir bens a seus familiares”.
Durante a madrugada, foram cumpridos mandados de busca e apreensão na casa de Cerveró e de parentes. Informações obtidas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) indicavam, entre outros pontos, que o executivo tentou transferir para sua filha R$ 500 mil, em uma operação em que perderia soma considerável de dinheiro, além de imóveis adquiridos com recursos de origem duvidosa e por valores abaixo dos praticados no mercado.
Durante a madrugada, foram cumpridos mandados de busca e apreensão na casa de Cerveró e de parentes. Informações obtidas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) indicavam, entre outros pontos, que o executivo tentou transferir para sua filha R$ 500 mil, em uma operação em que perderia soma considerável de dinheiro, além de imóveis adquiridos com recursos de origem duvidosa e por valores abaixo dos praticados no mercado.
Na
avaliação do MPF, a custódia cautelar foi necessária para “resguardar a ordem
pública e econômica e para evitar a continuidade dos crimes que vinham sendo
praticados pelo ex-dirigente".
Nestor
Cerveró foi denunciado pelo MPF em dezembro, por lavagem de dinheiro e
corrupção ativa, quando passou a réu no processo da Operação Lava Jato,
juntamente com o doleiro Alberto Youssef, com Fernando Antonio Falcão Soares,
que seria o operador do PMDB no esquema, além de empresários de várias empreiteiras
que tinham contratos com a Petrobras.
Ex-diretor
da Área Internacional da Petrobras, Cerveró foi apontado pelo ex-diretor de
Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa, em acordo de delação premiada,
como um dos principais beneficiados no esquema de propina que envolveu a compra
da Refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos – negócio que teria gerado
prejuízos de US$ 792 milhões à estatal.
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