Os agentes
penitenciários que estão de folga foram convocados para aturem nas unidades
prisionais que estão em crise. A solicitação foi feita pelo próprio Sindicato
da categoria, o Sindasp-RN, durante assembleia nesta segunda-feira. Vários
presídios e CDPs sofrem com onda de rebeliões.
“A própria categoria decidiu adotar esse
procedimento como forma de ajudar e proteger uns aos outros. Diante do baixo
efetivo e falta de materiais adequados, temos que nos unir para garantir o
mínimo de ordem possível dentro das unidades e resguardar a segurança dos
agentes penitenciários”, afirma Vilma Batista, presidente do Sindasp-RN.
De acordo com ela, os agentes penitenciários
estão dispostos a atuarem em conjunto nas ações do Governo do Estado. “Sempre
fizemos de tudo, muito além das condições que nos são dadas, e agora não será
diferente. Agora, para isso, é preciso que o Governo do RN repense as
prioridades e inclua o Sistema Penitenciário na pauta de reestruturação
imediata, bem como os anseios dos servidores do sistema prisional. Se a
situação chegou ao quadro de calamidade, não foi por falta de aviso”, completa.
A presidente do Sindicato dos Agentes
Penitenciários ressalta que é possível sim se ter ordem e organização dentro de
um presídio, mas para isso, é preciso efetivo, material de trabalho e
valorização profissional.
A função de agente penitenciário é
considerada a segunda mais perigosa do mundo e a mais estressante. Casos como
os que vêm sendo registrados nas unidades desde a semana passada colocam os
agentes acima do limite.
“A saúde física e mental dos agentes se
comprometem e isso pode refletir no trabalho dele no dia a dia, tendo em vista
que o Estado não oferece nenhum tipo de assistência ou acompanhamento”, declara
Vilma Batista.
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