A partir desta quarta-feira (11),
as cidadãs campograndenses que forem vítimas de violência doméstica ou familiar
têm um serviço especializado à sua disposição. Trata-se da Sala de Coordenação
Municipal da Mulher, que passa a funcionar nas dependências da Secretaria
Municipal de Desenvolvimento Social, onde também funciona uma Junta Militar. A
inauguração da Sala acontece dentro das comemorações da Semana Nacional
“Justiça Pela Paz em Casa”.
Inaugurada ontem e fruto de uma
parceria entre o Poder Judiciário e a Prefeitura de Campo Grande, município da
região Oeste, a Sala de Coordenação Municipal da Mulher contará com toda uma
estrutura para acolher, orientar e encaminhar as mulheres que forem vítimas de
violência doméstica para órgãos competentes que tomarão as medidas cabíveis para
a solução dos problemas enfrentados pelas vítimas. A partir da Sala, as
mulheres terão acesso a serviços médicos, psicológicos, da Delegacia da Mulher,
da Justiça, do CRAS, etc.
Para a Coordenação Municipal da
Mulher, foi nomeada a assistente social e servidora pública efetiva do
Município, Aida Maria Paula Regis. Ela já atua há 14 anos nessa área e é
considerada na cidade um ponto de apoio e acolhimento para a mulher agredida e
sua família.
Acolhimento
A juíza Fátima Soares afirmou que
o sonho de todas as pessoas que trabalham na Coordenadoria Estadual da Mulher
em Situação de Violência Doméstica e Familiar é apresentar soluções para os
conflitos que aparecem no mundo feminino. Segundo ela, todos esses conflitos
têm origem em casa, na família e o Brasil inteiro está irmanado nessa campanha.
A magistrada disse esperar que a
angústia que muitas mulheres trazem quando buscam atendimento acabe já num
primeiro contato. “Aqui vai ser uma porta aberta para que ela saiba que dispõe
de toda uma rede de atendimento a qual ela pode recorrer, que ela não está só,
pois ela tem um Município e uma Justiça que se preocupa com ela”, comemorou
Fátima Soares.
O prefeito de Campo Grande, Bibi
de Nenca, expressou seu desejo de que aquele local não seja apenas um espaço
físico, mas um ambiente adequado onde a mulher possa encontrar a ressonância de
seus problemas, de suas questões. Ou seja, que a mulher possa ali encontrar um
amparo, um local onde ela possa ser ouvida e que não seja lugar de litígio, mas
um local de concórdia e de entendimento.
O secretário municipal de
Desenvolvimento Social, Jean Carlos Vieira, disse que a Sala resgata a história
de lutas das mulheres de Campo Grande, cidade que tem um bairro chamado de
“Bairro das Mulheres”. Ele revelou que aquela secretaria recebe várias
denúncias de maus tratos e de violência contra a mulher naquele Município e
considerou justa a existência da sala.
Ainda
na programação, no auditório do Fórum Municipal foi ministrada uma palestra
pela pedagoga, psicanalista e professora aposentada pela UFRN, Maria das Graças
Almeida, que falou sobre “Autoestima e a Dignidade da Mulher”. Ao final, todas
as mulheres presentes foram homenageadas com Certificados e flores
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