quinta-feira, 23 de abril de 2015

"Ficamos desmoralizados com uma fuga dessas", diz ex-diretora de Alcaçuz

A agente penitenciária Dinorá Simas, exonerada hoje (23) da direção do presídio de Alcaçuz, não acredita que sua saída da unidade tenha sido provocada por pressões dos presos ou por falhas no comando da unidade. Para ela, o falado rodízio no comando dos presídios foi a justificativa para sua ida para o comando do presídio provisório Raimundo Nonato, na zona Norte de Natal.
Dinorá Simas não acredita em influência de presos em sua demissão

Após a fuga de mais de 60 presos em 16 dias, Dinorá Simas acredita que haverá reforço na segurança de Alcaçuz para que se evite novos casos como o dos dias 6 e 22 de abril, quando fugiram 32 e 35 presos, respectivamente.

"Esse tipo de coisa desmoraliza a gente que trabalha no sistema. Ficamos desmoralizados com uma fuga dessas. Acredito que vamos conseguir enfrentar e superar esse momento. Como estou no sistema prisional, tenho que acreditar em um sistema melhor, seja amanhã, depois ou daqui a dez anos", disse Dinorá Simas.

Alvo de críticas por parte dos presos, que solicitaram sua saída da direção de Alcaçuz durante a onda de rebeliões, Dinorá Simas não acredita que a pressão por parte dos detentos tenha motivado sua exoneração. 

"Eu não estava esperando (a exoneração), mas sou servidora pública e me mandaram para outro lugar, então eu vou. Não acredito em pressão de presos porque eu estou indo para outra direção e há a conversa de que haverá o rodízio ´nas direções. Como acharam por bem começar por Alcaçuz, não vejo problema", avaliou.

Dinorá Simas inicia o trabalho no Raimundo Nonato amanhã (24), enquanto o novo diretor de Alcaçuz, Eider Pereira de Brito, assumirá o comando no maior presídio do estado.

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