O ex-deputado André Vargas foi preso na 11ª fase da Operação Lava Jato |
Ana Cristina Campos - Repórter da
Agência Brasil
A
Justiça Federal no Paraná confirmou que entre os sete presos da 11ª fase da
Operação Lava Jato, deflagrada na manhã de hoje (10), estão os ex-deputados
federais André Vargas (sem partido, PR), Luiz Argôlo (SD-BA) e Pedro Corrêa
(PP-PE), que foi condenado na Ação Penal 470, o processo do mensalão.
Também
foram presos Leon Vargas, irmão de André Vargas, Ivan Vernon da Silva Torres,
Elia Santos da Hora, secretária de Argôlo, e Ricardo Hoffmann, diretor de uma
agência de publicidade.
André
Vargas foi cassado em dezembro pela Câmara dos Deputados. Os parlamentares
decidiram condená-lo por envolvimento em negócios com o doleiro Alberto
Youssef, preso pela Polícia Federal na Operação Lava Jato por participação em
um esquema de lavagem de
Em
outubro, o Conselho de Ética da Câmara aprovou o pedido de cassação de Argôlo,
acusado de participar de negócios ilegais com Alberto Youssef.
Cerca
de 80 policiais federais cumprem 32 mandados judiciais: sete de prisão, nove de
condução coercitiva e 16 de busca e apreensão nos estados do Paraná, da Bahia,
do Ceará, de Pernambuco, do Rio de Janeiro, de São Paulo e no Distrito Federal.
Segundo a Polícia Federal, também foi decretado o sequestro de imóvel de alto
padrão na cidade de Londrina, no Paraná.
De acordo com a PF, a atual fase tem como bases a investigação feita em
diversos inquéritos policiais e a baixa de procedimentos que tramitavam no
Supremo Tribunal Federal, apurando fatos criminosos atribuídos a três grupos de
ex-agentes políticos, que abrangem os crimes de organização criminosa,
quadrilha ou bando, corrupção ativa, corrupção passiva, fraude em procedimento
licitatório, lavagem de dinheiro, uso de documento falso e tráfico de
influência.
O
órgão informou que a investigação abrange, além de fatos ocorridos no âmbito da
Petrobras, desvios de recursos em outros órgãos públicos federais.
Os
presos serão levados para a Superintendência da Polícia Federal em Curitiba,
onde permanecerão à disposição da Justiça Federal.
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