Do G1 RN
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou o processo
de venda do percentual do Aeroporto Internacional Aluízio Alves, em São Gonçalo
do Amarante, que pertence ao grupo Engevix. O Cade analisou que
a venda à Corporación Argentina, empresa que também faz parte do consórcio
Inframérica - que controla o aeroporto, não representa uma ameaça à
concorrência no país.
Com problemas financeiros por causa de investigações da operação Lava
Jato, a Engevix, empresa que possui 51% das ações do Aeroporto Internacional
Aluízio Alves, tem dívida de aproximadamente R$ 1,5 bilhão. A empresa pretende
vender também a participação no aeroporto de Brasília.
Em negociações desse tipo, é necessária a análise do Cade para garantir que não
ocorra possível controle do mercado e risco de concorrência desleal.
O Consórcio Inframérica, formado pela Engevix e pela Corporación
America, venceu em 2011 o leilão que concedeu aos dois grupos o direito de
construir, manter e explorar o aeroporto localizado no município de São Gonçalo
do Amarante, na Grande Natal.
A proposta do consórcio foi de R$ 170 milhões. O mesmo grupo venceu o leilão
para o aeroporto de Brasília, em fevereiro de 2012, com lance de R$ 4,5
bilhões.
O consórcio Inframérica tem 100% do aeroporto de Natal e 51% de Brasília
(neste, os restantes 49% são da Infraero) e movimenta 21 milhões de passageiros
anualmente. Nos dois terminais, a Engevix detém metade da participação total da
Inframérica, com o restante pertencente à Corporación America.
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