MP 665 foi aprovada na Câmara com 252 votos a favor, 227 contra e uma abstenção |
Iolando Lourenço - Repórter da Agência Brasil
A
Medida Provisória (MP) 665, que altera as regras de acesso ao
seguro-desemprego, ao abono salarial e ao seguro-defeso, foi aprovado há pouco
pelo plenário da Câmara e transformado em lei depois de muitas discussões em
torno da matéria, ressalvadas as emendas e destaques que visam a modificar o
texto aprovado. Foram 252 votos a favor, 227 contra e 1 abstenção. Pelo acordo que possibilitou a
aprovação da MP, ainda
hoje devem ser votados nominalmente dois destaques que visam a alterar o texto
da medida. Os outros destaques e emendas devem ser votados amanhã (7).
Encaminharam
voto favorável à aprovação da MP 665 os líderes do bloco formado pelo PMDB e
outros partidos, do PT, do PSD, do PR, do PCdoB, do PROS e do PRB, além da
liderança do governo. Encaminharam contra a aprovação da medida provisória os
líderes do PSDB, do DEM, do SD, do PDT, do PPS e do PSOL e o líder da minoria.
O único partido da base governista que encaminhou voto contra a MP foi o PDT. O
PV liberou sua bancada para votar de acordo com a convicção de cada um.
Desde
ontem (5), as mudanças nas regras de acesso ao seguro-desemprego, ao abono
salarial e ao seguro-defeso vinham sendo debatidas pelos deputados de partidos
da base governista e da oposição no plenário da Câmara. A MP deveria ter sido
votada na noite de ontem, mas como não houve acordo, os líderes de partidos da
base governista e o líder do governo, deputado José Guimarães (PT-CE), fecharam
um acordo para adiar para hoje a votação, visando a sensibilizar aliados a
votarem a favor das medidas.
O
líder do PMDB, deputado Leonardo Picciani (RJ), exigiu clareza nos posicionamentos do PTem
relação à aprovação da MP. Segundo Picciani, ontem o programa do PT
deixou um sinal trocado. “Ficamos com a impressão de que o PT poderia estar
considerando que o ajuste não era necessário para o país”, disse.
Para
o peemedebista, no programa do PT faltou firmeza na defesa do ajuste, o que fez
com que o bloco do PMDB e outros partidos desse um passo atrás. “Por isso, de
forma aberta, cobramos do PT um posicionamento claro e esse posicionamento veio hoje”,
explicou Picciani ao justificar o apoio do PMDB à aprovação da MP.
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