Operação Arcanus envolve oito mandados de prisão temporária, 33 conduções coercitivas e 37 de busca e apreensão Rio de Janeiro e em Parnaíba, no Piauí |
A
Polícia Federal (PF) deflagrou hoje (20) operação para desarticular um esquema
de facilitação irregular no desembaraço imigratório e sanitário e nos
procedimentos do tráfego marítimo que ocorria no Porto do Rio de Janeiro, com a
participação de agentes públicos.
A
Operação Arcanus envolveu a participação de cerca de 300 policiais federais e
contou com o apoio da Marinha do Brasil. Os policiais federais cumprem oito
mandados de prisão temporária, 33 de condução coercitiva e 37 de busca e
apreensão na capital, além de Niterói e São Gonçalo, no Grande Rio. Os
policiais federais atuam, também, em São
João de Meriti, na Baixada Fluminense, e na cidade de Parnaíba, no Piauí.
Segundo
informações da PF, os mandados de prisão foram expedidos contra cinco servidores
da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e três policiais federais.
Um soldado da Marinha deve ser conduzido coercitivamente pela polícia para
prestar depoimento.
O
esquema funcionava a partir dos funcionários da Anvisa que emitiam um Certificado
de Controle Sanitário de Bordo para as embarcações, sem efetivamente
inspecioná-los. Os policiais federais envolvidos deixavam de adotar o
procedimento imigratório regular, segundo o comunicado da PF.
O
nome da operação, Arcanus (termo em latim que significa oculto, escondido),
refere-se ao modo como os crimes teriam sido praticados em áreas de controle e
acesso restrito do porto.
Os
presos serão indiciados dependendo da participação e do grau de envolvimento de
cada um. O comunicado da Polícia Federal disse que os crimes envolvem corrupção
ativa, corrupção passiva, concussão (quando servidor público exige dinheiro ou
vantagem em razão da função que ocupa), inserção de dados falsos em sistemas,
organização criminosa, falsidade ideológica e uso de documento falso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário