segunda-feira, 18 de maio de 2015

RECUPERAÇÃO DO PAVILHÃO 4 DE ALCAÇUZ É CONCLUÍDA

Cela no pavilhão 4: Quase 200 apenados deverão retornar ao Pavilhão, com término da obra

Ricardo Araújo
Repórter da Tribuna do Norte


Após quase dois meses em reforma, a Secretaria de Estado da Infraestrutura (SIN) liberou o Pavilhão 4 da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, em Nísia Floresta, destruído durante as rebeliões de março passado. O titular da pasta, Jader Torres, acompanhado do Secretário de Estado da Justiça e Cidadania, Edilson França, e do diretor da detenção, Eider Brito, realizaram a última vistoria no prédio na tarde da sexta-feira, 15.

A data do retorno de quase 200 apenados ao Pavilhão 4 não foi divulgada pela direção do presídio por questões de segurança, assim como não foi confirmado qual será o próximo pavilhão a ser recuperado. Enquanto isso, os presos permanecem soltos dentro das alas, pois todas as celas estão destruídas. Os homens que destruíram o Pavilhão 4 foram recolhidos à Ala de Adaptação de Alcaçuz, para onde os apenados dos demais pavilhões deverão ser transferidos para a realização das reformas.

Na sexta-feira, evitando falar sobre atrasos na reforma do prédio, Jader Torres afirmou que o governo cumpriu o prazo estabelecido para a entrega no pavilhão nesta primeira fase.

“Estamos cumprindo a primeira meta hoje (sexta passada). E pretendemos entregar um pavilhão a cada 30 dias, totalizando os cinco existentes na maior penitenciária do estado”, afirmou. Além da reconstrução também houve adequação nas celas, como a ventilação, para atender as necessidades dos presos com doenças infectocontagiosas.  Quinze apenados estão trabalhando na obra.

Em relação aos túneis encontrados no Pavilhão 2, do qual fugiram 67 homens em menos de 15 dias, Eider Brito assegurou que foram concretados. Entretanto, fez uma ressalva. “Enquanto os presos não forem trancados, o risco de fuga é iminente. Eu acordo, durmo e passo o dia pensando em túnel”, disse. 

Para evitar novas fugas, homens do Batalhão de Choque da Polícia Militar realizam a guarda externa da unidade das 08h às 20h, quando a Força Nacional assume a ronda ostensiva até o dia seguinte. 

Recuperação

O que foi feito:

Revisão e substituição de telhas danificadas;
Recuperação das grades;
Recuperação das camas de concretos – Total 165 camas, em 15 celas;
Pintura de todo o prédio (parte interna e externa);
Instalação de concertinas; 

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