Para assegurar o acesso à água no
Rio Grande do Norte, a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos
Hídricos (SEMARH) está investindo na manutenção, instalação e recuperação de
dessalinizadores, em comunidades difusas no interior do Estado.
Através da Coordenadoria de Hidrogeologia (COHIDRO), a Semarh
concluiu recentemente a manutenção de 68 sistemas de dessalinização,
implantados pelo Governo do Estado, em 40 municípios, beneficiando mais de 6000
famílias.
Para o secretário do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos,
Mairton França, os dessalinizadores são obras estruturantes para se conviver
com a falta de água no semiárido. De acordo com ele, a Semarh vai iniciar um
processo de recuperação de mais 55 máquinas no intuito de deixar em
funcionamento os 125 sistemas que são de responsabilidade do Estado.
“Como as previsões climáticas continuam desfavoráveis, estamos
fazendo todo esforço para dotar o Estado de obras que ajudem o sertanejo a ter
acesso à água e o dessalinizador é uma das alternativas” disse Mairton.
“Estamos investindo, com recursos próprios, meio milhão de reais, nessas 55
recuperações e através do Programa Água Doce (PAD), do Ministério do Meio
Ambiente, também serão implantados 68 sistemas até o final do primeiro semestre
de 2016″ finaliza.
O convênio firmado entre o MMA e a Semarh no valor de R$ 19,9
milhões tem como meta a implantação, recuperação e gestão de 153 sistemas de
dessalinização. De acordo com Ieda Cortez, coordenadora do PAD/RN e secretária
adjunta da Semarh, das 68 comunidades que estão sendo beneficiadas na primeira
etapa do convênio, sete já receberam a tecnologia e mais três obras já estão em
andamento. “É uma satisfação enorme entregar os dessalinizadores nas
comunidades e saber que agora a população tem acesso a uma água de excelente
qualidade” frisou Ieda.
Das obras entregues, duas são projetos pilotos que o MMA escolheu
implantar no Estado do RN: O sistema de dessalinização alimentado por energia
solar, na comunidade Maria da Paz, em João Câmara, e a recuperação do sistema
de dessalinização da comunidade Catinga Grande, onde funciona um sistema de
produção formado por criação de Tilápias e produção de erva-sal (atriplex), com
gestão integrada e participativa.
Ieda ressaltou ainda que os diagnósticos socioambientais, de todas
as comunidades que serão beneficiadas, já estão prontos, o que adianta muito o
trabalho de implantação da obra física. “É importante ressaltar que o PAD/RN
produziu um banco com 284 diagnósticos e que estes podem ser usados para outros
projetos e outros programas, de outras instituições, pois é um documento
público”.
Os equipamentos atenderão aos municípios, de acordo com o critério
adotado pelo MMA que é o Índice de Condições de Acesso à Água (ICCA). Este
índice leva em consideração os seguintes fatores: pluviometria, intensidade de
pobreza, taxa de mortalidade infantil e o índice de desenvolvimento Humano
(IDH).
As comunidades que recebem o abastecimento por meio de
dessalinizador normalmente têm dificuldade em obter água porque os mananciais e
poços têm água salobra. São comunidades de difícil acesso e dispersas nas zonas
rurais dos municípios. A água que chega aos dessalinizadores é oriunda de
poços. O dessalinizador é importante por garantir as famílias acesso à água de
melhor qualidade, além de promover autonomia e o uso consciente da água com o
gerenciamento da própria comunidade do equipamento dessalinizador.
Fonte: Gazeta do Oeste
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