segunda-feira, 27 de julho de 2015

DELEGADOS POTIGUARES VIAJAM AO RJ PARA BUSCAR EX-GOVERNADOR PRESO

Do G1 RN

Dois delegados da Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Norte (Sesed) viajaram neste domingo (26) para o Rio de Janeiro para providenciar a transferência do ex-governador do RN Fernando Freire. Entre eles está o secretário adjunto da Sesed, Caio Bezerra, e o chefe do setor de inteligência da pasta. Fernando Freire foi preso neste sábado (25) em Copacabana, na Zona Sul da capital carioca. Ele chega a Natal nesta segunda (27), às 12h30, segundo a Sesed.

De acordo com a Sesed, ele estava sendo monitorado havia duas semanas. Contra Freire há mandados de prisão preventiva expedidos pelos juízes responsáveis pelas 4ª, 7ª e 8ª Varas Criminais de Natal. O ex-governador foi levado para a 12ª DP (Copacabana).
Fernando Freire já havia sido preso anteriormente em 2007 quando foi acusado pelo MPRN de estar “manobrando para impedir a realização do seu interrogatório, evadindo-se do distrito da culpa”. O interrogatório do qual ele é acusado de evitar diz respeito ao processo no qual foi denunciado por suposto desvio de R$ 346.024,02 do Governo do Estado, em maio de 2007.

O pedido de prisão preventiva foi feito pela Promotoria do Patrimônio Público do Rio Grande do Norte em novembro de 2007, quando o membro do MP informou à época que tentava ouvir o ex-governador desde 31 de agosto daquele ano.

A ação que resultou na prisão do ex-governador contou com a participação do serviço de inteligência da Secretaria de Estado da Segurança Pública do Rio Grande do Norte (Sesed) que repassou informações à Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro.

Prejuízo de R$ 57,8 mil

As investigações apontaram que Freire cometeu desvio de dinheiro público entre fevereiro e novembro de 2002, quando foi vice-governador e, depois, governador do Rio Grande do Norte. O prejuízo estimado aos cofres públicos foi de R$ 57.832,13 em valores da época.

De acordo com os autos do processo, Fernando Freire desviou recursos públicos mediante o pagamento de 83 cheques-salários em favor de 14 parentes e correligionários do então vereador Pio Marinheiro, contemplando-lhe interesses pessoais e político-eleitorais. No entanto, os beneficiários não eram servidores públicos e não guardavam qualquer vínculo funcional com o Estado e os pagamentos foram feitos sem qualquer respaldo legal, realizados sempre sob a intermediação direta do réu.

A sentença da condenação é da 7ª Vara Criminal de Natal, assinada pelo juiz José Armando Ponte Júnior, e determina que a pena seja cumprida em regime fechado.  Durante a ação penal, Freire não foi encontrado e o magistrado ordenou a prisão preventiva do acusado. O ex-governador foi ainda condenado a pagar metade das custas processuais.


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