Ivan
Richard - Repórter da Agência Brasil
O
juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos inquéritos decorrentes da Operação
Lava Jato na primeira instância, rebateu hoje, por meio de nota, as acusações
do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha.
Cunha
disse que o depoimento do empresário Júlio Camargo, ontem (16) à Justiça
Federal, foi ilegal. O empresário disse que Cunha recebeu US$ 5 milhões em
propina para viabilizar um contrato de navios-sonda entre a Petrobras e a
empresa Toyo Setal.
“A
13ª Vara de Curitiba conduz ações penais contra acusados sem foro privilegiado
em investigações e processos desmembrados pelo Supremo Tribunal Federal. Não
cabe ao Juízo silenciar testemunhas ou acusados na condução do processo",
disse Moro em nota.
Mais
cedo, o presidente da Câmara disse que a delação de Júlio Camargo seria nula
por ter sido feita à Justiça de primeira instância, porque, como parlamentar,
tem foro privilegiado e só pode ser julgado pelo Supremo.
"O
juiz não poderia conduzir o processo daquela maneira. Vamos entrar com uma
reclamação para que venha [o processo] para o Supremo e não fique nas mãos de
um juiz que acha que é dono do país", reclamou o peemedebista.
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