quarta-feira, 22 de julho de 2015

MATERNIDADE ALMEIDA CASTRO FEZ 1.929 PARTOS NOS SEIS MESES DE 2015


As chances de nascer vivos e continuarem vivos de bebês prematuros são mínimas quando não se tem o ambiente adequado, os especialistas médicos e a medicação necessária, segundo destaca o médico obstetra Manoel Nobre, que também é delegado do CRM/RN.

Era este o cenário antes de agosto de 2014, em Mossoró, que tem quase 300 mil habitantes é referência em partos de alto risco para outras 67 cidades do Oeste do Rio Grande do Norte, com o Hospital da Mulher Maria Parteira e o Hospital Maternidade Almeida Castro.

Nesta época, Manoel Nobre relatou em audiência Pública realizada na Câmara Municipal de Mossoró, que pelo menos 3 bebês haviam morrido na barriga das mães por não ter onde nascer, depois que o Hospital da Mulher parou de funcionar.

Este mesmo fato gravíssimo é relatado pelo profissional em matéria do G1. Veja AQUI.

1.929 mulheres deram à luz no Hospital Maternidade Almeida Castro nos primeiros seis meses de 2015. Antes, esta unidade de saúde se chamava Casa de Saúde Dix Sept Rosado.

137 bebês nasceram prematuros, ou seja, antes do tempo normal de nove meses. 58 com baixo peso. Estes bebês precisaram e tiveram cuidados especiais, já na estrutura instalada pela Junta Interventora com apoio da Prefeitura de Mossoró.

72 bebes passaram um tempo na Unidade de Terapia Intensiva Neo Natal (UTIN), outros 175 passaram pela Unidade de Cuidados Intermediários (UCINco) e 182 receberam os cuidados necessários no setor de Mãe Canguru.  Este setor, que tem 18 leitos, foi totalmente reestruturado pela equipe interventora.

Nos primeiros seis meses de 2015, o que mais teve registros de nascimento foi março: 421 partos. O mês que menos teve nascimento foi fevereiro: 252.

O interventor Benedito Viana explicou que no mês de março o Hospital da Mulher teve problemas e a Maternidade Almeida Castro absorveu toda a demanda de partos da região.

Dos 1.929 partos realizados nos primeiros seis meses de 2015, foram 1.265 cesáreos e 657   natural. Na Maternidade Almeida Castro, os profissionais estão empenhados em cuidar junto as mães para que o parto seja normal, pela saúde do bebê e da mãe.
Outro dado interessante é que mais de 40% das mulheres que tiveram seus filhos no Hospital Maternidade Almeida Castro são de outras cidades. Em dados precisos: em seis meses nasceram 1.041 mossoroenses e 877 de outras cidades.
Reestruturação

A Junta Interventora iniciou o trabalho de gestão na maternidade no mês de outubro de 2014. Estava fechada. Abriu inicialmente 30 leitos. Depois que melhorou a estrutura do Centro Obstétrico, ampliou o número de leitos para mais de 70.
Já conta com os serviços de setor de Gestação de Alto Risco (GAR) com seis leitos, que está sendo ampliado e a UTI neonatal com 8 leitos.

Funciona também um alojamento conjunto com 34 leitos, onde as mulheres ficam com seus filhos após ter o bebê. Este setor foi restaurado e vários quartos receberam novas camas.

Conta também com a Unidade de Cuidados Intermediários, onde o bebê fica quando sai da UTI e ainda precisa de cuidados médicos num local isolado.

E recentemente ampliou e equipou a Unidade de Cuidados Intermediários Canguru (UCINca), onde o bebê fica para ganhar peso no colo da mãe sendo acompanhada por profissionais.

A coordenadora da Junta Interventora, Larizza Queiroz destaca que o trabalho agora é para reformar e equipar a unidade de acolhimento na recepção e a UTI adulto.
Outro setor reestruturado no Hospital Maternidade Almeida Castro é o Centro Cirúrgico, que agora tem 4 salas, sendo que uma está sendo equipada para cirurgias ortopédicas.

Atrelado ao Centro Cirúrgico, foi instalado leitos pós cirúrgicos e a Clínica Cirúrgica com 32 leitos. O Hospital conta com um moderno laboratório, onde são feitos todos exames internos.

Larizza Queiroz espera poder trabalhar também com os Planos de Saúde e partos particulares. A unidade está sendo preparada com cerca de 25 leitos.
A interventora também ressaltou que o primeiro passo será recuperar totalmente a estrutura interna, pagar as dívidas, resolver as questões trabalhistas e só então quer trabalhar para recuperar a estrutura física externa.


Fonte: Mossoró Hoje

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