Wellton
Máximo – Repórter da Agência Brasil
O
reajuste de 59% a 78% aprovado ontem (30) pelo Senado terá impacto de R$ 25,7
bilhões nos cofres públicos até 2018, informou hoje (1º) o Ministério do
Planejamento, Orçamento e Gestão. Em nota, o ministério classificou o reajuste
de indefensável e informou que o governo buscará construir uma proposta
alternativa.
De
acordo com o Planejamento, o aumento para 117,5 mil servidores ativos e
inativos do Judiciário custará R$ 1,5 bilhão este ano; R$ 5,3 bilhões, em 2016;
e R$ 8,4 bilhões, em 2017 até atingir R$ 10,5 bilhões anuais a partir de 2018.
Segundo o comunicado, o ministro Nelson Barbosa, que acompanha a presidenta
Dilma Rousseff em visita oficial aos Estados Unidos, disse que a articulação de
uma nova proposta de reajuste deverá envolver todos os Poderes e a sociedade.
O
texto destaca que, entre 2005 e 2008, todas as carreiras do Judiciário tiveram
reajustes próximos de 60%. Apesar de não ter havido aumento de 2009 a 2012, as
carreiras foram contempladas com o reajuste de 15,8% concedido após as
negociações com o funcionalismo federal em 2012 e pagos em parcelas anuais de
2013 a 2015. Este ano, ressaltou o Planejamento, a categoria teve aumento de
8,4%.
Segundo
o ministério, a proposta aprovada pelo Congresso aumenta ainda mais as
distorções salariais entre os servidores do Judiciário e do Poder Executivo.
Atualmente, as carreiras do Judiciário ganham 60% a mais. Com a proposta, a
diferença subiria para 170%.
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