Presos que cumprem pena em
regime fechado no Centro de Detenção Provisória de Apodi (CDP), fazem trabalhos
comunitários em escolas, unidades de saúde, dentre outras instituições do
município de Apodi, localizado na região do Médio Oeste do Rio Grande do Norte.
Toda
semana cerca de 10 internos realizam trabalhos de limpeza de toda área externa
de escolas e unidades de saúde, com a execução de serviços de capinagem,
roçagem e até mesmo pintura.
O
trabalho conta com o apoio do Judiciário através da juíza da Comarca de Apodi,
Kátia Guedes Dias e do promotor, Silvio Ricardo Brito. Todas as ferramentas
utilizadas para o trabalho foram adquiridas através de uma parceria da direção
do CDP Apodi com o Judiciário, e os recursos são oriundo de penas Pecuniárias.
“O investimento é mínimo, mas
os resultados são surpreendentes para a comunidade e para o próprio interno que
sente prestigiado e comparado a um verdadeiro cidadão”, comentou o diretor do
CDP Apodi, agente Márcio Morais.
Nesse
mês de julho os trabalhos estão sendo realizados na Escola Municipal Professora
Lindaura Silva, unidade de ensino que conta com quase 800 alunos.
“Essa
parceria é de fundamental importância para nossa escola, pois está deixando o
nosso pátio limpo e também reparando nossa pintura, a escola Lindaura Silva é
uma que tem um dos maiores terrenos em área, e nós precisávamos de alguém para
nos ajudar, e eu tive o contato com o diretor do CDP e ele se dispôs a nos
ajudar nessa jornada”, comemora a diretora.
O
diretor do CDP Apodi, agente Márcio Morais, falou que o interno da unidade
sempre está à disposição de todos os segmentos da comunidade.
“O
CDP Apodi estará sempre em ação, atendendo toda sociedade apodiense, as nossas
ações não se restringem somente em nossa instituição, expandimos para vários setores
da sociedade quando se faz necessário, desta vez quem foi beneficiado com
nossas ações foi à unidade de ensino Lindaura Silva, mas realizamos esse mesmo
trabalho no Hospital Regional Hélio Morais Marinho, Fórum Desembargador Newton
Pinto, Promotoria de Justiça dentre outras instituições”, comentou Márcio
Morais.
Além
do trabalho de limpeza que vem sendo realizados em instituições da cidade, os
apenados também estão construindo no CDP Apodi, uma cozinha, cartório,
alojamento e uma cela especial para presos acusados de cometerem crimes sexuais.
Os
recursos na ordem de R$ 10 mil reais foram garantidos pela juíza Kátia Guedes
via penas pecuniárias.
O
Centro de Detenção Provisória de Apodi foi construindo através de parcerias
envolvendo a direção da unidade, Poder Judiciário, Ministério Público,
Petrobrás, Fabricas de Cimento, Cerâmicas e várias outras instituições.
A
unidade está com 70 internos cumprindo pena em regime fechado e 12 no
semiaberto.
Com
menos de R$150 mil foi possível construir um CDP com capacidade para 80 vagas,
antes os apenados cumpriam pena em três celas e sem as mínimas condições de
higiene e convívio social.
“Os
nossos internos recebem diariamente tratamento digno, quem deseja sair do mundo
do crime aqui em Apodi tem a oportunidade, pois temos aulas pela manhã e tarde,
todos os dias têm cultos, palestras, sempre buscando que aqueles que viviam a
margem da sociedade se tornem cidadãos de bem, a recuperação não é somente
física e psicológica, recuperando também a personalidade isso eleva a alta
estima, a disciplina é fundamental na vida de cada um que se predispõe ao
processo de mudança” finaliza Márcio Morais.
A
cada três dias de trabalho, o preso ganha um dia de remissão em sua pena.
Fonte: Mossoró Hoje
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