Anxo Anton foi morto a tiros nesta quinta (6) (Foto: Vlademir Alexandre) |
Do G1 RN
O espanhol Anxo Anton Valiño Gonzales, de 51
anos, morto a tiros nesta quinta-feira (6), na Grande Natal, estava sendo ameaçado de morte. A
informação é do delegado Raimundo Rolim que assumiu a investigação do caso. O
crime aconteceu no Jardim Lola, em São Gonçalo do Amarante, no meio da rua.
Anxo Anton estava no regime aberto desde maio deste ano. O estrangeiro foi
condenado pela morte do empresário Paulo Ubarana, crime ocorrido no município
de Nísia Floreste em 2004.
De acordo com o delegado Raimundo Rolim, não
há dúvidas de que o crime foi uma execução. "Estamos investigando a
motivação do crime e não descartamos nenhuma possibilidade", disse.
Segundo ele, a atual companheira Anxo Anton afirmou em depoimento que o
espanhol vinha recebendo ameaças. Ela estava com ele no momento do crime, mas
conseguiu correr e não foi atingida.
A Polícia Civil suspeita que o espanhol
estava envolvido com o tráfico de drogas. Na moto em que ele estava no momento
do crime foi encontrado um saco plástico com uma substância que, de acordo com
o delegado, provavelmente é maconha. "Ele também estava com quatrocentos e
trinta reais fracionados dentro da cueca", disse Raimundo Rolim.
Atualmente, segundo a polícia, Anxo Anton
trabalhava em um ponto de venda de lanches, na Zona Norte de Natal, de sua
propriedade.
A execução
De acordo com a polícia, Anxon Anton estava em uma moto com a companheira, por volta das 12h30 desta quinta-feira (6), quando percebeu que estava sendo seguido por dois homens que trafegavam em outra moto. Ele acelerou para tentar fugir, mas foi alvejado na frente da casa onde morava, na Rua Carlos Gomes, no Jardim Lola, bairro de São Gonçalo do Amarante, na Grande Natal.
A companheira de Anxo disse à polícia que um
dos homens tirou o capacete e olhou para Anxo antes de atirar. Ela conseguiu
correr e não foi atingida. Anxo levou cinco tiros e morreu no local.
Caso Ubarana
O empresário Paulo de Tarso Ubarana desapareceu no dia 21 de setembro de 2004 e só foi encontrado uma semana depois, morto, com dois tiros na cabeça, na praia de Búzios, no litoral Sul do Estado.
No dia 24 de outubro de 2004 Anxo Anton e a
companheira dele à época, Patrícia Maria da Silva, foram presos preventivamente
pelo assassinato do empresário. Em julho de 2007 Anxo Anton foi condenado ao
cumprimento de 19 anos de reclusão, pela prática de homicídio duplamente
qualificado, considerado hediondo. Na sentença, ficou estabelecido que a pena
deveria ser cumprida em regime inicialmente fechado.
No dia 13 de maio deste ano o juiz da vara
de execuções penais Henrique Baltazar concedeu a progressão do regime
semiaberto para o aberto.
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