A projeção passou de 9,2%, estimados em julho, para 8,9% |
O
Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reduziu a projeção para a
alta do preço da gasolina este ano. A projeção passou de 9,2%, estimados em
julho, para 8,9%, divulgado hoje (10), na ata da última reunião do Copom.
Também
foi reduzida a projeção para o aumento dos preços da energia elétrica, de 50,9%
para 49,2%. A estimativa para a queda no preço da tarifa de telefonia fixa
passou de 3% para 3,5%.
O
Copom também alterou a projeção para o aumento do preço do botijão de gás de
4,6% para 15%. No último dia 31, a Petrobras anunciou que o preço do gás
liquefeito de petróleo para uso residencial, envasado em botijões de até 13
quilos, foi reajustado em 15%, em média.
Para
o conjunto de preços administrados por contrato e monitorados, o comitê projeta
variação de 15,2% em 2015. Em julho, o índice estimado foi 14,8%.
Selic
As
ações do BC no combate à alta dos preços devem fazer com que se atinga o
objetivo de entregar a inflação na meta (4,5%) em 2016. Na ata, o BC cita que
esse efeito de elevação da Selic, por se acumular e por levar tempo para
aparecer, vai se sobrepor a “certos riscos remanescentes” na trajetória de
combate à inflação. Na última quarta-feira, o comitê decidiu manter a Selic em
14,25% ao ano, após um ciclo de sete altas seguidas.
A
taxa é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de
Liquidação e Custódia (Selic) e serve como referência para as demais taxas de
juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o BC contém o excesso de demanda
que pressiona os preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e
estimulam a poupança. Ao manter a Selic em 14,45% ao ano, o BC sinaliza que as
altas anteriores foram suficientes para produzir os efeitos esperados na
economia.
Para
o Copom, a sua estratégia “está na direção certa”. O comitê cita que houve
avanços para conter a inflação, mas ainda é preciso ficar vigilante, em momento
de aumento de preços de ativos, como o dólar.
Contas
públicas
No
documento, o Copom diz que “a mudança na trajetória de variáveis fiscais,
implícita na proposta orçamentária para 2016, afetou as expectativas e, de
forma significativa, os preços de ativos”.
Para
o comitê, “alterações significativas” na trajetória de geração de superávit
primário, economia para o pagamento de juros da dívida pública, “contribuem
para criar uma percepção menos positiva sobre o ambiente macroeconômico no
médio e no longo prazo”.
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