O presidente do DEM, senador Agripino Maia (RN) (Foto: Antonio Cruz/ABr) |
Do G1, em Brasília
A Procuradoria Geral da República pediu ao
Supremo Tribunal Federal (STF) abertura de inquérito para investigar o senador José Agripino Maia (RN), presidente do DEM, por
suposta prática de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
O pedido da PGR é resultante de
investigações da Operação Lava Jato, que apura desvio de recursos e corrupção
na Petrobras. De acordo com o pedido, as
investigações apontaram que o senador combinou pagamento de propina com
executivos da OAS, uma das empreiteiras alvo da Lava Jato. O dinheiro teria
sido desviado da obra do estádio Arena das Dunas, em Natal.
Ao G1, o senador José Agripino disse que se colocará
à disposição das autoridades para prestar esclarecimentos. “Apesar de achar
essa acusação absolutamente absurda, descabida e inveridica, eu me colocarei à
disposição do Judiciário para promover os esclarecimentos que forem
necessários”, declarou. O G1 busca
contato com a assessoria da construtora OAS, mas não tinha conseguido até a
última atualização desta reportagem.
Para a procuradoria, o inquérito não tem
relação direta com a Lava Jato e, por isso, não deve ficar com o ministro Teori Zavascki, relator no Supremo
Tribunal Federal dos casos relacionados à operação.
Com isso, Teori Zavascki enviou o pedido de
investigação para para o presidente do Supremo, ministro Ricardo Lewandowski, a fim de que ele
determine a distribuição do caso para um novo relator.
Outro caso
Em março deste ano, a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a abertura de inquérito para investigar se Agripino Maia cometeu crime de corrupção passiva. Na ocasião, o pedido também foi feito pela Procuradoria Geral da República.
Em março deste ano, a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a abertura de inquérito para investigar se Agripino Maia cometeu crime de corrupção passiva. Na ocasião, o pedido também foi feito pela Procuradoria Geral da República.
Em acordo de delação premiada, o empresário
George Olímpio afirmou que pagou R$ 1 milhão ao senador para tentar implantar o
sistema de inspeção veicular no estado, governado pelo DEM. As informações foram veiculadas no
Fantástico no fim de fevereiro.
Na época, o senador disse por meio de nota
desconhecer "as razões que estejam ensejando a reabertura deste
assunto".
"Este assunto, tratado em 2012, gerou
processo de investigação pela Procuradoria Geral da República que, em 31 de
outubro de 2012, o arquivou pela 'inexistência de indícios, mínimos que sejam,
que confirmem a afirmação de que o Senador José Agripino Maia teria recebido
doação eleitoral ilícita do grupo investigado na operação Sinal Fechado'",
afirmou o senador na nota.
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