A Justiça do Trabalho, em
audiência realizada no dia 23 passado, definiu como será pago a rescisão
indireta de contato de mais de 300 servidores da Associação de Assistência e
Proteção a Maternidade e a Infância de Mossoró - APAMIM, algo em torno de R$ 6
milhões.
A
audiência contou com a presença do sindicato dos servidores, do representante
legal da Prefeitura de Mossoró, da diretora geral da Junta de Intervenção e do
Ministério Público do Trabalho. O sindicato havia proposto leiloar o prédio da
APAMIM para a conta milionária.
Entretanto,
pensando na manutenção dos serviços de saúde nas áreas de obstetrícia e
cirurgias, a diretora da Junta de Intervenção Larizza Queiroz, auxiliada pelo
advogado Gustavo Lins defendeu parcelar a dívida e não leiloar o prédio da
APAMIM.
No
prédio, que tem três andares, funciona mais de 70 leitos de enfermarias, setor
administrativo, laboratório, entre outros.
O
juiz Magnos Kleiber aceitou o parcelamento e fixou em 12 parcelas de R$ 80 mil
em 2016, 12 parcelas de R$ 90 mil em 2017, 12 parcelas de R$ 100 mil em 2018,
12 parcelas de R$ 110 mil em 2019 e 12 parcelas de R$ 120 mil em 2020. Ao final
destes cinco anos, a Junta de Intervenção vai ter repassado a Justiça do
Trabalho R$ 6 milhões.
Como
os recursos vão ser destinados aos trabalhadores? “Esta questão quem vai
decidir é a Justiça do Trabalho. Vamos enviar a lista de nomes de todos os
servidores que tiveram rescisão contratual determinada pela Justiça e a partir
de 30 de janeiro de 2016 vamos começar a depositar em conta judicial os
recursos na ordem de R$ 80 mil mês”, explica Larizza Queiroz.
O
advogado Gustavo Lins destacou que a missão da Junta de Intervenção é fazer o
Hospital Maternidade Almeida Castro funcionar e bem, pela importância da
unidade para o Oeste do Rio Grande do Norte, e principalmente garantir
condições de trabalho dos servidores. “Estamos aqui por eles e pela restauração
dos serviços de saúde pública da região”, destaca.
A rescisão
A
rescisão indireta dos mais de 300 contratos de trabalho dos servidores da APAMIM,
que prestam serviços no Hospital Maternidade Almeida Castro, foi solicitada na
Justiça do Trabalho em 2010, pelo Sindicato dos Trabalhadores em Laboratório e
Análises Clínicas, Casas e Cooperativas de Saúde e Hospitais Particulares e dos
Técnicos em Radiologia de Mossoró/RN.
Este
processo terminou para a Justiça e as partes (transitou em julgado) no segundo
semestre de 2015. A Justiça do Trabalho havia penhorado em 2010, para garantir
o pagamento dos servidores, o prédio anexo do Hospital Maternidade Almeida
Castro, à época, avaliado em mais de R$ 6 milhões. Este processo assim foi
concluído.
Só
que APAMIM já não estava com a mesma administração. Devido a inúmeros problemas
administrativos, sérias e graves acusações de desvios de recursos públicos, mais
de 3 meses de salários atrasados, forçou o Ministério Público do Trabalho, do
Estado e Federal a intervirem, fazendo uma operação policial na APAMIM e em
seguida pedindo a Intervenção Judicial.
A
intervenção começou em outubro de 2014. A Junta assumiu com a missão de sanar
os débitos e tentar colocar em funcionamento o Hospital Maternidade Almeida
Castro com recursos do SUS e com parceria da Prefeitura Municipal de Mossoró.
O
Hospital Maternidade Almeida Castro está funcionando relativamente bem, porém carece
de recursos para ampliar e atender 100% da demanda da região. Este relatório
foi apresentado ao juiz federal Orlan Donato, da Justiça Federal, semana
passada.
Hospital Maternidade Almeida Castro
O
relatório da Junta de Intervenção do Hospital Maternidade Almeida Castro mostra
que a unidade foi encontrada em outubro de 2014 fechada. Atualmente está com
158 leitos funcionando, sendo que 136 custeados somente pelo SUS e o restante
particular. Atualmente faz média de 500 partos, 150 cirurgias eletivas e mais
de 9 mil exames por mês.
Estão em funcionamento o Centro Cirúrgico Obstétrico, mais de 30 leitos de alojamento conjunto, UTI neonatal, Unidade de Cuidado Intermediário Neonatal. Convencional, Unidade de Cuidado Intermediário Neonatal Canguru, além de vários programas de apoio a mulher antes, durante e após o parto. Destaque para o setor de amamentação da mãe trabalhadora.
Estão em funcionamento o Centro Cirúrgico Obstétrico, mais de 30 leitos de alojamento conjunto, UTI neonatal, Unidade de Cuidado Intermediário Neonatal. Convencional, Unidade de Cuidado Intermediário Neonatal Canguru, além de vários programas de apoio a mulher antes, durante e após o parto. Destaque para o setor de amamentação da mãe trabalhadora.
Também
estão funcionando o Centro Cirúrgico com 4 salas, sendo que uma exclusiva para
cirurgias ortopédicas e clínica médica com mais de 30 leitos. Mais recentemente
foi inaugurado a Unidade de Terapia Intensiva com 9 leitos e 4 de apoio. A
unidade restruturada internamente e continua em obras e ampliando.
Fonte:
Mossoró Hoje
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