Amarrado, suspeito foi agredido até a chegada da polícia (Foto: Marksuel Figueiredo/Inter TV Cabugi) |
Fato aconteceu na noite
deste sábado (30), no conjunto Cidade Satélite.
Homem teria assaltado uma adolescente numa parada de ônibus.
Do G1 RN
Um homem suspeito de ter roubado o
aparelho celular de uma adolescente foi espancado por moradores do conjunto
Cidade Satélite, na Zona Sul de Natal. A ocorrência foi registrada na noite deste
sábado (30). Segundo a Polícia Militar, a vítima do assalto contou que foi
assaltada numa parada de ônibus que fica na marginal da BR-101. Quando as
guarnições chagaram ao local o suspeito foi encontrado no chão, com as mãos e
pés amarrados, e já desmaiado.
A adolescente disse que estava na parada de
ônibus quando o homem se aproximou, a segurou pelo braço e tirou o telefone de
dentro da bolsa dela. Em seguida, ele fugiu. Numa rua próxima, o porteiro de um
condomínio percebeu a atitude suspeita do homem e o segurou. "Moradores da
região, que teriam presenciado quando a garota foi assaltada, partiram para
cima do suspeito, o renderam, amarraram e o agrediram", relatou a polícia.
O suspeito foi levado para o Pronto-Socorro
Clóvis Sarinho. Testemunhas contaram à polícia que o homem trabalha como
flanelinha, mas não souberam dizer o nome dele. Algumas pessoas também disseram
que o agredido já teria cometido outros assaltos na região.
'Cidadão age
quando Estado falha', diz promotor
Em infográfico publicado no início de julho, o G1fez um levantamento sobre casos em que cidadãos cometeram crimes ao tentar fazer justiça com as próprias mãos. Com cinco casos, o Rio Grande do Norte aparece como o terceiro estado com mais linchamentos noticiados neste ano, atrás apenas de São Paulo e Rio de Janeiro.
Em infográfico publicado no início de julho, o G1fez um levantamento sobre casos em que cidadãos cometeram crimes ao tentar fazer justiça com as próprias mãos. Com cinco casos, o Rio Grande do Norte aparece como o terceiro estado com mais linchamentos noticiados neste ano, atrás apenas de São Paulo e Rio de Janeiro.
Na ocasião da publicação, do levantamento, o
promotor de Justiça de investigações criminais, Wendell Beetoven Ribeiro Agra,
disse que a situação é preocupante. Ele acredita que a descrença na justiça
criminal levou ao ponto atual. "Como as pessoas desacreditam, elas passam
a fazer justiça com as próprias mãos, o que é uma forma totalmente ilegítima de
aplicação de punição. O
cidadão age quando o Estado falha", opina. "Não acredito
em soluções miraculosas com criação de divisões especiais para investigar
crimes. Falta só o feijão com arroz, as delegacias de bairro
investigarem", acrescenta o promotor.
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