O corpo foi removido para o ITEP de Mossoró onde foi necropsiado e liberado para sepultamento que ocorreu na deste sabádo na cidade de Janduís.
domingo, 31 de maio de 2009
O corpo foi removido para o ITEP de Mossoró onde foi necropsiado e liberado para sepultamento que ocorreu na deste sabádo na cidade de Janduís.
sexta-feira, 29 de maio de 2009
Em 29 de maio de 2003, a cidade de Janduís ficava órfã do poeta, músico, cantor e compositor Aurino Santos, ou Fernando Santos como gostava de ser chamado. Aurino que era irreverente em seu modo de pensar, agir e principalmente de ver as coisas com olhar diferente.Nos grupos onde passou, deixou grandes marcas de alegria e perseverança. Ao lado de Marcos Lima, Rômulo Gurgel, Josivan Rhuann, Ray Lima, Bosco Gurgel, Leandro Tomé, Carlos Lopes e tantos outros, fez do verso a rima e a alegria de viver.Aurino, foi vítima de uma infecção generalizada causada por um de seus principais órgãos vitais, pegando toda Janduís de surpresa e todos que lhes queria bem.Seis anos se passaram e as coisas continuam com algumas alterações do que pensava e alarmava o poeta. Sujos de lama querendo melar os outros, briga por poderes, maioria faminta e minoria privilegiada. Algo mudou, às vezes o melhor é o pior.
Homenagem da Cia. Ciranduís.
quinta-feira, 28 de maio de 2009
segunda-feira, 25 de maio de 2009
A missa desse domingo, 24, foi marcada pela despedida do Padre Josemar Joaquim de Lima que volta a sua cidade natal, Camajaribe, no estado do Pernambuco.
Na celebração, lembranças, homenagens e uma certeza: o reencontro com a comunidade na Festa da Padroeira Santa Teresinha no mês de outubro, que o padre já confirmou presença.
Durante três anos, Padre Josemar ficou à frente da Igreja de Santa Teresinha. Um período marcado por grandes conquistas para o catolicismo local.
Dentre as conquistas, a construção da Igreja São Bento que vem sendo importante para a renovação da fé católica em Janduís. Padre Josemar agradeceu o apoio da Prefeitura para a realização desse sonho.
O carisma de Padre Josemar vai ficar na lembrança dos janduienses e, apesar da tristeza da despedida, ficaram as mensagens de otimismo, desejando êxito no seu retorno à Camajaribe.
sábado, 23 de maio de 2009
A menina Maisa Silva, de 7 anos, está proibida pela Justiça de participar do Programa Silvio Santos, a partir deste domingo. O alvará que permite que a garota trabalhe na televisão foi cassado nesta sexta-feira pela juíza auxiliar de Osasco Ana Helena Rodrigues Mellim, que aceitou o pedido feito pela promotora estadual da Infância e da Juventude de Osasco, Susana Müller. A promotora usou o argumento de que Maisa era submetida a situações impróprias, que ferem o Estatuto da Criança e do Adolescente. Ela também ressaltou que a participação da garota não observa o direito à liberdade e o respeito à dignidade do ser humano em desenvolvimento. Com relação ao Sábado Animado, a Justiça ainda não se manifestou.Em dois programas, a garota reclamou de como estava sendo tratada pelo apresentador Silvio Santos e chegou a chorar no ar. Os episódios fizeram o Ministério Público Federal exigir do SBT explicações sobre os fatos e ameaçavam mudar a classificação indicativa do programa.
A cerimônia de lançamento do projeto foi realizada na Casa de Cultura de Apodi, ao som do típico forró pé-de-serra. A solenidade contou com a presença de dirigentes do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Rio Grande do Norte (Sebrae-RN), de artistas potiguares e autoridades políticas do Estado.
O evento teve o ator Marcos Palmeira como mestre de cerimônias, que em seu discurso, ressaltou a importância do projeto para o desenvolvimento da região. "Esse projeto é um reconhecimento pela história de uma importante personalidade brasileira. Não cabe julgar se Lampião foi herói ou bandido. O fato é que o cangaço, em especial na figura de Lampião, tem um forte apelo cultural e histórico para os nordestinos. Por isso é fundamental esse projeto para resgatar a história da região e criar uma identidade cultural", destaca.
Mais do que um resgate histórico, o projeto "Território Sertão do Apodi - Nas Pegadas de Lampião" tem como meta fazer o cangaço virar negócio nas 17 cidades, onde será desenvolvido. A gestora da Agência Cultural do Sebrae, Cátia Lopes, esclarece que a partir do estudo das características da região, a proposta é potencializar atividades e os pontos turísticos já existentes, mas ainda pouco conhecidos pela população.
O projeto abrangerá os municípios de Apodi, Felipe Guerra, Governador Dix-sept Rosado, Paraú, Patu, Rodolfo Fernandes, Umarizal, Caraúbas, Augusto Severo, Itaú, Janduís, Messias Targino, Olho D'água do Borges, Rafael Godeiro, Severiano Melo, Triunfo Potiguar e Upanema. Sendo que as ações serão realizadas inicialmente nas oito primeiras cidades citadas.
Desde setembro do ano passado, as ações preparatórias do projeto já estão sendo desenvolvidas. Equipes técnicas do Sebrae fizeram um levantamento, onde foram identificados os bens materiais e imateriais de cada município participante. "O objetivo é destacar as potencialidades turístico-culturais nos municípios que serviram de rota de passagem para o bando de Lampião. E assim, incentivar o turismo e desenvolver a economia da região", enfatiza o diretor-superintendente do Sebrae, Zeca Melo.
Durante o trabalho, foi feito o levantamento de mais de 800 edificações históricas nos municípios. "Estudamos todas as possibilidade de exploração turística de monumentos históricos, inclusive se quisermos tombar alguma dessas edificações", diz Cátia Lopes. Além disso, os meses de pesquisa resultaram em um acervo com mais de 240 fotografias, onde 55 foram expostas na cerimônia de lançamento.
O projeto será desenvolvido até dezembro de 2010. Ao longo desse período serão realizadas palestras e workshops sobre turismo sustentável, cultura e desenvolvimento, marketing e empreendedorismo nos referidos municípios.
As atividades contam ainda com 50 oficinas técnicas na área de cultura e turismo, como xilogravura, artesanato, gastronomia territorial, produção de instrumentos musicais, fitocosméticos, entre outros. "A ideia é promover ações para contribuir para o desenvolvimento econômico de cada município", reforça Cátia Lopes.
Todas as atividades que serão desenvolvidas no decorrer do projeto, bem como cronogramas de ações estão disponíveis no site www.sertaodoapodi.com.br.
O projeto "Território Sertão do Apodi - Nas Pegadas de Lampião" conta com o apoio do Sebrae/RN, em parceria com o governo do Estado. A iniciativa conta com a parceria do Programa Territórios da Cidadania, do Ministério do Desenvolvimento Agrário - MDA, Governo do Rio Grande do Norte e prefeituras.
sexta-feira, 22 de maio de 2009
quinta-feira, 21 de maio de 2009
sábado, 16 de maio de 2009
DEFESA CIVIL ALERTA PARA POSSÍVEIS TEMPORAIS EM 18 ESTADOS
O fim de semana será chuvoso em 18 Estados brasileiros, alertou a Sedec (Secretaria Nacional de Defesa Civil), do Ministério da Integração Nacional. O alerta foi enviado nesta sexta-feira às defesas civis dos Estados de Minas, Espírito Santo, Amazonas, Acre, Rondônia, Pará, Tocantins, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Mato Grosso e Goiás.
Entre hoje e o domingo (17), áreas de instabilidade tropicais voltam a se intensificar sobre o Norte do país, causando chuvas de intensidade forte sobre o Amazonas, o Acre, Rondônia, e grande parte do Pará e do Tocantins.
O mesmo ocorre no Nordeste, onde há previsão de temporais na Bahia, em Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí e Maranhão.
Em todos os Estados, as chuvas podem vir acompanhadas de rajadas de vento forte e descargas elétricas. Em algumas áreas isoladas, não está descartada a possibilidade de ocorrer queda de granizo.
O órgão recomenda que a população evite áreas de alagamento e regiões de encostas e morros, já que as chuvas aumentam os riscos de deslizamentos. Também alerta para que a população evite trafegar por áreas com pouca ou nenhuma proteção contra raios e ventos fortes.
Fonte: Portal UOL
quarta-feira, 13 de maio de 2009
terça-feira, 12 de maio de 2009
O período de chuvas continua a produzir alegria e grandes espetáculos no sertão nordestino. Agora, o açude que atingiu o seu nível máximo e está transbordando é o da Fazenda Cangaíra, de mesmo nome, localizado na zona rural entre os Municípios de Messias Targino e Janduís.
O Açude Cangaíra, de propriedade do agropecuarista Paulo de Freitas Targino e da ex-prefeita messiense Maria do Socorro Ferreira Targino, está entre os maiores reservatórios particulares do Nordeste, assim entendidos aqueles que não são administrados pelo Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (DNOCS) ou pelas secretarias estaduais competentes para cuidar das riquezas hídricas de cada Estado (no caso do Rio Grande do Norte, a Secretaria Estadual de Recursos Hídricos é a responsável pelo assunto).
A "sangria" teve início por volta das 4 horas da manhã deste dia 11 de maio. Junto com os primeiros raios do sol, os moradores da Fazenda Cangaíra receberam essa boa notícia.
Há muito tempo o Açude Cangaíra é a principal área de lazer e entretenimento de grande parte da população de Messias Targino, que vai ao local praticamente todos os domingos, para banhos e confrarias familiares e entre amigos. O reservatório, por sinal, não é o único ponto de beleza nas terras da Fazenda Cangaíra: a geografia do local, a sua vegetação e os muitos mocós que passeiam livremente pelas cercas de pedra e lajedos próximos ao açude fazem da Fazenda Cangaíra um lugar diferenciado, imensamente belo.
Junte-se a isso tudo o elemento humano da boa acolhida por parte de Paulo, Socorro e todos os seus filhos, uma marca de família que, segundo dizem, existe desde os tempos do patriarca Messias Targino da Cruz.
fonte: blog omessiense
domingo, 10 de maio de 2009
terça-feira, 5 de maio de 2009
A BR 110 é uma das mais importantes do Nordeste. Começa no Rio Grande do Norte, passa pelos estados da Paraíba, Pernambuco e Bahia.
Material estrairdo do janduis online
segunda-feira, 4 de maio de 2009
sexta-feira, 1 de maio de 2009
Marx
Bakunin
Em 1888 quando a AFL realizou o seu congresso, surgiu a proposta para realizar nova greve geral em 1º de maio de 1890, a fim de se estender a jornada de 8 horas às zonas que ainda não haviam conquistado.
No centenário do início da Revolução Francesa, em 14 de julho de 1889, reuniu-se em Paris um congresso operário marxista. Os delegados representavam três milhões de trabalhadores. Esse congresso marca a fundação da Segunda Internacional. Nele Herr Marx expulsou os anarquistas, cortou o braço esquerdo do movimento operário num momento em que a concordância entre todos os socialistas, comunistas e anarquistas residia na meta: chegada a uma sociedade sem classes, sem exploração, justa, fraterna e feliz. Os meios a empregar-se para atingir aquele objetivo constituíam os principais pontos de discordância: Herr Marx, com toda a sua genialidade incontestável, levou adiante a tese de que somente através de uma “Ditadura do Proletariado” se poderia ter os meios necessários à abolição da sociedade de classes, da exploração do homem pelo homem. Mikhail Bakunin, radical libertário, contrapondo-se a Marx, criou a nova máxima: “Não se chega à Luz através das Trevas.” Segundo o Anarquista russo, deve-se buscar uma sociedade feliz, sem classes, sem exploração e sem “ditadura” intermediária de espécie alguma! A tendência majoritária do Congresso ficou em torno de Herr Marx e os Anarquistas foram, vale repetir, expulsos. Muitos têm apontado nesta ruptura de 1890 os motivos do fracasso do socialismo dito “real”: enfatizou-se mais do que o necessário a questão da “ditadura” e o “proletariado” acabou esquecido. A própria China de hoje (2004) é disso exemplo: uma pequenina casta de empresários lidera ditatorialmente uma nação equalizada à força aproximando perigosamente aquela tendência do neoliberalismo...
Fechando este parêntese que já vai longo, voltemos à reunião do Congresso Operário de 1890: na hora da votar as resoluções, o belga Raymond Lavigne encaminhou uma proposta de organizar uma grande manifestação internacional, ao mesmo tempo, com data fixa, em todas os países e cidades pela redução da jornada de trabalho para 8 horas e aplicação de outras resoluções do Congresso Internacional. Como nos Estados Unidos já havia sido marcada para o dia 1º de maio de 1890 uma manifestação similar, manteve-se o dia para todos os países.
No segundo Congresso da Segunda Internacional em Bruxelas, de 16 a 23 de setembro de 1891, foi feito um balanço do movimento de 1890 e no final desse encontro foi aprovada a resolução histórica: tornar o 1º de maio como "um dia de festa dos trabalhadores de todos os países, durante o qual os trabalhadores devem manifestar os objetivos comuns de suas reivindicações, bem como sua solidariedade".
Como vemos, a greve de 1º de maio de 1886 em Chicago, nos Estados Unidos, não foi um fato histórico isolado na luta dos trabalhadores, ela representou o desenrolar de um longo processo de luta em várias partes do mundo que, já no século XIX, acumulavam várias experiências no campo do enfrentamento entre o capital (trabalho morto apropriado por poucos) versus trabalho (seres humanos vivos, que amam, desejam, constroem e sonham!).
O incipiente movimento operário que nascera com a revolução industrial, começava a atentar para a importância da internacionalização da luta dos trabalhadores. O próprio massacre ao movimento grevista de Chicago não foi o primeiro, mas passou a simbolizar a luta pela igualdade, pelo fim da exploração e das injustiças.
Muitos foram os que tombaram na luta por mundo melhor, do massacre de Chicago aos dias de hoje, um longo caminho de lutas históricas foi percorrido. Os tempos atuais são difíceis para os trabalhadores, a nova revolução tecnológica criou uma instabilidade maior, jornadas mais longas com salários mais baixos, cresceu o número de seres humanos capazes de trabalhar, porém para a nova ordem eles são descartáveis. Essa é a modernidade neoliberal, a realidade do século que iniciamos, a distância parece pequena em comparação com a infância do capitalismo, parecemos muito mais próximos dela do que da pseudo racionalidade neoliberal, que muitos ideólogos querem fazer crer.
A realidade nos mostra a face cruel do capital, a produção capitalista continua a fazer apelo ao trabalho infantil, somente na Ásia, seriam 146 milhões nas fábricas, e segundo as Nações Unidas, um milhão de crianças são lançadas no comércio sexual a cada ano!
A situação da classe trabalhadora não é fácil; nesse período houve avanços, mas a nova revolução tecnológica do final do século XX trouxe à tona novamente questões que pareciam adormecidas. Tal qual no final do século XIX, a redução da jornada de trabalho é a principal bandeira do movimento sindical brasileiro; na outra ponta uma sucessão de governos neoliberais (Collor de Mello, Fernando Henrique Cardoso e Lula da Silva) fazem o inimaginável pela supressão de direitos trabalhistas conquistados a duras penas ao longo dos anos (13º salário, direito a férias remuneradas, multa de 40% por rompimento de contrato de trabalho, Licença Maternidade, etc.) ampliando as dificuldades ao trabalho, principalmente face a uma crise de desemprego crescente, e simplificando cada vez mais a vida da camada patronal. Neste sentido, naturalmente, a reflexão das lutas históricas passadas torna-se essencialmente importante, como aprendizagem para as lutas atuais.
Em 1888 quando a AFL realizou o seu congresso, surgiu a proposta para realizar nova greve geral em 1º de maio de 1890, a fim de se estender a jornada de 8 horas às zonas que ainda não haviam conquistado.
No centenário do início da Revolução Francesa, em 14 de julho de 1889, reuniu-se em Paris um congresso operário marxista. Os delegados representavam três milhões de trabalhadores. Esse congresso marca a fundação da Segunda Internacional. Nele Herr Marx expulsou os anarquistas, cortou o braço esquerdo do movimento operário num momento em que a concordância entre todos os socialistas, comunistas e anarquistas residia na meta: chegada a uma sociedade sem classes, sem exploração, justa, fraterna e feliz. Os meios a empregar-se para atingir aquele objetivo constituíam os principais pontos de discordância: Herr Marx, com toda a sua genialidade incontestável, levou adiante a tese de que somente através de uma “Ditadura do Proletariado” se poderia ter os meios necessários à abolição da sociedade de classes, da exploração do homem pelo homem. Mikhail Bakunin, radical libertário, contrapondo-se a Marx, criou a nova máxima: “Não se chega à Luz através das Trevas.” Segundo o Anarquista russo, deve-se buscar uma sociedade feliz, sem classes, sem exploração e sem “ditadura” intermediária de espécie alguma! A tendência majoritária do Congresso ficou em torno de Herr Marx e os Anarquistas foram, vale repetir, expulsos. Muitos têm apontado nesta ruptura de 1890 os motivos do fracasso do socialismo dito “real”: enfatizou-se mais do que o necessário a questão da “ditadura” e o “proletariado” acabou esquecido. A própria China de hoje (2004) é disso exemplo: uma pequenina casta de empresários lidera ditatorialmente uma nação equalizada à força aproximando perigosamente aquela tendência do neoliberalismo...
Fechando este parêntese que já vai longo, voltemos à reunião do Congresso Operário de 1890: na hora da votar as resoluções, o belga Raymond Lavigne encaminhou uma proposta de organizar uma grande manifestação internacional, ao mesmo tempo, com data fixa, em todas os países e cidades pela redução da jornada de trabalho para 8 horas e aplicação de outras resoluções do Congresso Internacional. Como nos Estados Unidos já havia sido marcada para o dia 1º de maio de 1890 uma manifestação similar, manteve-se o dia para todos os países.
No segundo Congresso da Segunda Internacional em Bruxelas, de 16 a 23 de setembro de 1891, foi feito um balanço do movimento de 1890 e no final desse encontro foi aprovada a resolução histórica: tornar o 1º de maio como "um dia de festa dos trabalhadores de todos os países, durante o qual os trabalhadores devem manifestar os objetivos comuns de suas reivindicações, bem como sua solidariedade".
Como vemos, a greve de 1º de maio de 1886 em Chicago, nos Estados Unidos, não foi um fato histórico isolado na luta dos trabalhadores, ela representou o desenrolar de um longo processo de luta em várias partes do mundo que, já no século XIX, acumulavam várias experiências no campo do enfrentamento entre o capital (trabalho morto apropriado por poucos) versus trabalho (seres humanos vivos, que amam, desejam, constroem e sonham!).
O incipiente movimento operário que nascera com a revolução industrial, começava a atentar para a importância da internacionalização da luta dos trabalhadores. O próprio massacre ao movimento grevista de Chicago não foi o primeiro, mas passou a simbolizar a luta pela igualdade, pelo fim da exploração e das injustiças.
Muitos foram os que tombaram na luta por mundo melhor, do massacre de Chicago aos dias de hoje, um longo caminho de lutas históricas foi percorrido. Os tempos atuais são difíceis para os trabalhadores, a nova revolução tecnológica criou uma instabilidade maior, jornadas mais longas com salários mais baixos, cresceu o número de seres humanos capazes de trabalhar, porém para a nova ordem eles são descartáveis. Essa é a modernidade neoliberal, a realidade do século que iniciamos, a distância parece pequena em comparação com a infância do capitalismo, parecemos muito mais próximos dela do que da pseudo racionalidade neoliberal, que muitos ideólogos querem fazer crer.
A realidade nos mostra a face cruel do capital, a produção capitalista continua a fazer apelo ao trabalho infantil, somente na Ásia, seriam 146 milhões nas fábricas, e segundo as Nações Unidas, um milhão de crianças são lançadas no comércio sexual a cada ano!
A situação da classe trabalhadora não é fácil; nesse período houve avanços, mas a nova revolução tecnológica do final do século XX trouxe à tona novamente questões que pareciam adormecidas. Tal qual no final do século XIX, a redução da jornada de trabalho é a principal bandeira do movimento sindical brasileiro; na outra ponta uma sucessão de governos neoliberais (Collor de Mello, Fernando Henrique Cardoso e Lula da Silva) fazem o inimaginável pela supressão de direitos trabalhistas conquistados a duras penas ao longo dos anos (13º salário, direito a férias remuneradas, multa de 40% por rompimento de contrato de trabalho, Licença Maternidade, etc.) ampliando as dificuldades ao trabalho, principalmente face a uma crise de desemprego crescente, e simplificando cada vez mais a vida da camada patronal. Neste sentido, naturalmente, a reflexão das lutas históricas passadas torna-se essencialmente importante, como aprendizagem para as lutas atuais.
Com Getúlio Vargas – que governou o Brasil como chefe revolucionário e ditador por 15 anos e como presidente eleito por mais quatro – o 1º de maio ganhou status de “dia oficial” do trabalho. Era nessa data que o governante anunciava as principais leis e iniciativas que atendiam as reivindicações dos trabalhadores, como a instituição e, depois, o reajuste anual do salário mínimo ou a redução de jornada de trabalho para oito horas. Vargas criou o Ministério do Trabalho, promoveu uma política de atrelamento dos sindicatos ao Estado, regulamentou o trabalho da mulher e do menor, promulgou a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), garantindo o direito a férias e aposentadoria.
Na Constituição de 1988, promulgada no contexto da distensão e redemocratização do Brasil após a ditadura militar (que perseguiu e colocou no mesmo balaio liberais, comunistas e cristãos progressistas), apesar de termos 80% dos tópicos defendendo a propriedade e meros 20% defendendo a vida humana e a felicidade, conseguiu-se uma série de avanços – hoje colocados em questão – como as Férias Remuneradas, o 13º salário, multa de 40% por rompimento de contrato de trabalho, Licença Maternidade, previsão de um salário mínimo capaz de suprir todas as necessidades existenciais, de saúde e lazer das famílias de trabalhadores, etc.
A luta de hoje, como a luta de sempre, por parte dos trabalhadores, reside em manter todos os direitos constitucionais adquiridos e buscar mais avanços na direção da felicidade do ser humano.
A todos
Que saíram às ruas
De corpo-máquina cansado,
A todos
Que imploram feriado
Às costas que a terra extenua –
Primeiro de Maio!
Meu mundo, em primaveras,
Derrete a neve com sol gaio.
Sou operário –
Este é o meu maio!
Sou camponês - Este é o meu mês.
Sou ferro –
Eis o maio que eu quero!
Sou terra –
O maio é minha era!