domingo, 25 de março de 2012

O CONSTRANGIMENTO DE ROSALBA EM MOSSORÓ



Perícia errada no local do crime


A governadora não conseguiu o que planejou, ou seja, vir a Mossoró sem passar pelo constrangimento de ver uma pessoa executada na cidade, a 35ª só em 2012. Em 2011 foram 191, ou seja, uma média de 75 execuções por universo de 100 mil habitantes. 

E providências foram adotadas para evitar este constrangimento. A PM se desdobrou nas ruas. Segundo o comandante do 12º BPM, tenente coronel Alvibá Gomes, 68 PMs realizaram a operação “Mossoró Segura”. Foi um verdadeiro sacode. Prenderam e apreenderam.

O motivo oficial é de que é preciso combater a violência em Mossoró. Para quem conhece a motivação dos homicídios e como são praticados, a operação Mossoró Segura foi motivo de piada. A turma da farda fazendo tremendo esforço enxugando gelo.

A motivação subjetiva da Operação Mossoró Segura está bem explicita. Das outras vezes que Rosalba Ciarlini veio a Mossoró com o secretário Aldair Rocha e o comandante geral da PM, para dizer que a violência estava sendo combatida pela PM, passou por constrangimento.

Na verdade os homicídios reduziram um pouco na região Norte graças a um juiz corajoso que mandou a Polícia Civil prender pelo menos 14 suspeitos de homicídios no período de outubro a dezembro de 2011, fazendo reduzir consideravelmente as execuções naquela região.

Neste final de semana, a governadora Rosalba decidiu visitar algumas obras do Governo Federal e outras do Estado em Mossoró e também algumas no Vale do Açu. 

Rosalba Ciarlini queria um dia de fotos e sorrisos, palmas das claques (uma espécie de gente que ganha sem trabalhar), mas não deu certo, porque não combinou com os pistoleiros.

A vítima ainda não foi identifica, até mesmo porque o nosso sistema de identificação criminal é da era da pedra lascada. Melhor, não existe. A família é quem diz quem é pronto.

O corpo foi recolhido para passar por exame (se tiver legista) no ITEP.

No local já deu pra identificar um tiro na testa que saiu na nuca da vítima. Execução. O caso será investigado pela Polícia Civil, que não tem estrutura nenhuma de trabalho.

Provavelmente vai acontecer o mesmo que aconteceu com outros 700 homicídios ocorridos no período de 2006 a 2012, ou seja, não se sabe quem fez e quando raramente descobre o assassino não é condenado como deveria, pois não existe prova pericial, resultando em mais crimes, mais homicídios, mais execuções e mais constrangimento para Rosalba Ciarlini.

Se Rosalba escrever ou falar que não passou constrangimento com a execução em Mossoró mesmo com a Operação Mossoró Segura, fica claro como água mineral Cristalina (de Natal), que erramos quando escolhemos ela para o cargo de governador do Estado.
Fonte: Retrato do Oeste

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