Os presos foram Damião Marques da Silva, João Bosco Martins Thomas Junior, Francisco Evanaldo Gomes da Silva, Francisco Canindé de Sousa, Alex Pereira da Silva, Danilo Brito da Silva e um sétimo homem que não teve o nome divulgado. As prisões começaram nas primeiras horas da manhã e contou com a participação de aproximadamente 100 policiais. Três acusados foram presos na rua São Vicente de Paula, bairro Olhod’água, em São Gonçalo do Amarante. Outros dois criminosos foram presos na rua Mar do Leste, no bairro Pajuçara, zona norte de Natal, e os dois últimos na cidade de Assu.
De acordo com o delegado regional de combate ao crime organizado da Polícia Federal, Elton Zanata, essa quadrilha vem sendo investigada desde abril deste ano e é suspeita de praticar diversos crimes no Rio Grande do norte e em estados vizinhos. “Nós não podemos dizer os crimes dos quais eles são suspeitos para não atrapalhar as investigações. Mas trata-se de uma quadrilha do interior que se uniu à uma quadrilha da capital e estava aterrorizando o nosso Estado”, disse.
Segundo ele, na tarde desta quinta-feira outros mandados de busca estavam sendo cumpridos no interior do Estado mas a PF também não quis revelar em quais cidades. Uma fonte não oficial afirmou que com esses mandados já havia sido apreendido munições de fuzil. Para o superintendente da Polícia Federal, Marcelo Mosel, certamente outros crimes cometidos por esta mesma quadrilha serão comprovados nos próximos dias.
Presos se contradizem
Os presos começaram a prestar depoimento na tarde desta quinta-feira e, de acordo com o delegado Elton Zanata, todos contam versões diferentes dos fatos. “Nenhum deles confessou e nós já sabemos que dificilmente eles falarão alguma coisa. Cada um conta uma história diferente, mas com a investigação deve ficar provada a participação deles neste assalto”, disse. Ele afirmou ainda que a quadrilha tem pelo menos 15 integrantes e que os outros já estão sendo investigados.
Dois homens que foram presos no município de Assu estavam sendo transferidos para a sede da PF na capital. Na tarde de ontem a esposa de um dos homens presos estava na sede da Polícia Federal acompanhada de um filho de aproximadamente dois anos. Ela foi ouvida pela polícia e liberada, mas não quis falar com a imprensa. Um dos presos estava baleado e usava uma espécie de uma cinta na altura da cintura.
O secretário de segurança pública do Estado, Cristóvam Praxedes, ressaltou a importância da integração entre as polícias e atribuiu à essa integração o sucesso da operação. “Esse resultado só foi possível graças à somatória de esforços das polícias Militar, Civil e Federal. Trabalhando assim nós vamos conseguir atingir o objetivo desejado pela sociedade que é o combate ao crime organizado”, disse.