quinta-feira, 17 de setembro de 2015

GOVERNADOR ESTÁ SOB AMEAÇA DE MULTA POR NÃO COMPARECIMENTO DE PRESO A AUDIÊNCIAS

O governador Robinson Faria (PSD) começa a ter problemas com o Judiciário. Primeiro foi o presidente do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJ/RN), Cláudio Santos, que escreveu o artigo "Caos à vista", criticando o comportamento do pessedista.
O texto foi publicado na última terça-feira no jornal Tribuna do Norte. No dia seguinte veio a primeira "pancada" jurídica contra o governador: o juiz João Eduardo Ribeiro de Oliveira, da Comarca de Touros, determinou multa de R$ 10 mil caso um preso falte a mais uma audiência por falta de suporte do Poder Executivo para o transporte.
A punição vale também para a secretária estadual de Segurança, Kalina Leite.
Segundo o magistrado, foi registrado um número excessivo de ausências, dez ao todo.
Numa outra frente o presidente do TJ cobrou uma ação mais contundente do governador para enfrentar a crise econômica. "Se a atual situação econômico-financeira e social do Brasil é grave, a do Rio Grande do Norte é gravíssima, com forte possibilidade de se tornar caótica nos próximos meses. O déficit nas contas públicas estaduais é crescente, corroendo-se o Fundo Previdenciário mês a mês, como a juntar-se o lixo embaixo do tapete, que encobre não uma montanha de detritos, mas profundo sumidouro, por onde se esvai a poupança pública para pagamento dos aposentados e inativos, de hoje e de amanhã", frisou.
Ao final do texto, Cláudio Santos pediu mais ação de Robinson Faria. "Embora se tenha perdido muito tempo (precioso) para se proceder às medidas amargas que a situação inevitavelmente requer - e já não basta a reiterada demonstração de boa vontade na retórica -, ainda é imprescindível se tentar barrar a descida da pedra que rola desgovernada de ladeira abaixo, diminuindo a força da descaída e dando um rumo menos fatal ao inevitável caos. Propõe-se urgente esforço conjunto de todas as autoridades públicas não apenas quanto ao presente, mas notadamente voltado para o futuro de médio e longo prazos, capaz de manter o básico e restabelecer a governança financeira, já que nesta seara de administração de recursos públicos os milagres não mais existem. Se não, aonde vamos parar?", questionou.

Fonte: Jornal o Mossoroense

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