O
governador Robinson Faria (PSD) começa a ter problemas com o Judiciário.
Primeiro foi o presidente do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte
(TJ/RN), Cláudio Santos, que escreveu o artigo "Caos à vista",
criticando o comportamento do pessedista.
O
texto foi publicado na última terça-feira no jornal Tribuna do Norte. No dia
seguinte veio a primeira "pancada" jurídica contra o governador: o
juiz João Eduardo Ribeiro de Oliveira, da Comarca de Touros, determinou multa
de R$ 10 mil caso um preso falte a mais uma audiência por falta de suporte do
Poder Executivo para o transporte.
A
punição vale também para a secretária estadual de Segurança, Kalina Leite.
Segundo
o magistrado, foi registrado um número excessivo de ausências, dez ao todo.
Numa
outra frente o presidente do TJ cobrou uma ação mais contundente do governador
para enfrentar a crise econômica. "Se a atual situação
econômico-financeira e social do Brasil é grave, a do Rio Grande do Norte é
gravíssima, com forte possibilidade de se tornar caótica nos próximos meses. O
déficit nas contas públicas estaduais é crescente, corroendo-se o Fundo
Previdenciário mês a mês, como a juntar-se o lixo embaixo do tapete, que
encobre não uma montanha de detritos, mas profundo sumidouro, por onde se esvai
a poupança pública para pagamento dos aposentados e inativos, de hoje e de
amanhã", frisou.
Ao
final do texto, Cláudio Santos pediu mais ação de Robinson Faria. "Embora
se tenha perdido muito tempo (precioso) para se proceder às medidas amargas que
a situação inevitavelmente requer - e já não basta a reiterada demonstração de
boa vontade na retórica -, ainda é imprescindível se tentar barrar a descida da
pedra que rola desgovernada de ladeira abaixo, diminuindo a força da descaída e
dando um rumo menos fatal ao inevitável caos. Propõe-se urgente esforço
conjunto de todas as autoridades públicas não apenas quanto ao presente, mas
notadamente voltado para o futuro de médio e longo prazos, capaz de manter o
básico e restabelecer a governança financeira, já que nesta seara de
administração de recursos públicos os milagres não mais existem. Se não, aonde
vamos parar?", questionou.
Fonte:
Jornal o Mossoroense
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