quarta-feira, 23 de outubro de 2013

GOVERNO VAI AGILIZAR O MAIS MÉDICOS

Presidenta Dilma pede desculpas ao cubano Juan Delgado, hostilizado por médicos durante um ato de protesto em Fortaleza

Brasília (AE/ABr) - A presidenta Dilma Rousseff programou uma grande festa no Palácio do Planalto para sancionar o programa Mais Médicos, que está se transformando em sua principal bandeira de sua campanha. Dilma, que costuma sancionar matérias nos últimos minutos que a lei lhe permite, mal esperou o Congresso aprovar a medida para preparar o palanque no Planalto e comemorar a chegada dos médicos aos rincões. 

Depois de ouvir Olê, Olê, Olá, Dilma, Dilma, dos médicos, parlamentares, praticamente todos os ministros e apoiadores que lotavam o salão nobre do Planalto, a presidente respondeu aos seus críticos lembrando que há 120 dias fez um pronunciamento ao Brasil, através de uma rede de televisão, para falar sobre os cinco pactos feitos para responder aos protestos das ruas, ressaltando que o programa Mais Médicos, era uma dessas respostas. “Compromisso assumido, tem de ser compromisso cumprido”, disse Dilma, sob aplausos.

Na cerimônia, Dilma fez questão de dividir os louros do programa Mais Médicos não só com os parlamentares governistas ali presentes, que aprovaram projeto que permitirá ao Ministério da Saúde conceder os registros para eles poderem atuar no país, negado pelos Conselhos de Medicina, mas com vários ministros-candidatos. Alexandre Padilha, da Saúde, aposta do governo federal ao Palácio dos Bandeirantes, foi turbinado por Dilma na solenidade. Mas a presidente não se esqueceu de elogiar as ministras da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, candidata ao governo do Paraná e Ideli Salvatti, das Relações Institucionais, que deverá concorrer a uma cadeira no Congresso.

Depois de salientar que a decisão de trazer os médicos não era uma questão de coragem, como disse o ministro Padilha em seu discurso, Dilma emendou: “não é coragem, é dever”. A presidenta, que começou seu discurso pedindo desculpas em nome do governo e da população brasileira pelo constrangimento causado ao médico cubano Juan Delgado, hostilizado ao desembarcar no aeroporto de Fortaleza, junto com outros profissionais, se emocionou no final de sua fala ao elogiar e agradecer aos médicos brasileiros e estrangeiros, que deixaram suas famílias para se dedicar à população “mais pobre e mais fragilizada desse País”.

Dilma disse que o Mais Médicos é a primeira etapa de um programa para melhorar a saúde pública no Brasil, levando assistências às famílias pobres nos recantos mais distantes do país. “O Mais Médicos é uma etapa do nosso programa de combate à exclusão social.” E, se dirigindo aos médicos estrangeiros, presentes à solenidade, emendou: “Este País vai ficar eternamente grato a vocês.”

Registros

Com a sanção da lei, o Ministério da Saúde espera agilizar o programa tendo em visto que o registro para profissionais estrangeiros atuarem no programa deixa de ser feito pelos conselhos regionais. A carteira de registro será itens de segurança para dificultar a falsificação, como a marca-d’água da Casa da Moeda, visível apenas sob a luz e letras em alto relevo com os dizeres “Ministério da Saúde”.

No primeiro momento, deverão receber o documento - que autoriza estrangeiros a trabalhar nas áreas definidas pelo governo por um período de três anos -, 680 integrantes do Mais Médicos - entre eles, 11 profissionais que haviam ficado de recuperação no primeiro curso de acolhimento e que agora foram aprovados.

Também deverão receber o registro nesta fase os 2.180 formados no exterior que participam da segunda etapa do programa. Até agora, dos 1.232 médicos que estão em atividade, 748 são brasileiros.

Via: Tribuna do Norte



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