Muitas vezes, não há quem
compreenda a lógica das autoridades responsáveis pela segurança pública no
Estado do Rio Grande do Norte. Um exemplo disso diz respeito à questão do
abastecimento de combustível das viaturas que estão a serviço da Polícia Civil e
da Polícia Militar.
Seguindo a forma adotada pela
anterior administração pública estadual, a atual gestão estadual mantém em todo
o Estado do Rio Grande do Norte alguns poucos postos de combustíveis como
credenciados para realizar o abastecimento das viaturas policiais.
Assim, por exemplo, as viaturas da
Polícia (Civil ou Militar) de Patu, Messias Targino, Janduís, Almino Afonso,
Olho D´água do Borges, entre outros Municípios, devem ser abastecidas em Pau
dos Ferros, Apodi, Mossoró ou Assu.
Uma viatura da PM de Messias
Targino para se deslocar até Assu ou até Apodi, percorrerá quase cem
quilômetros de ida, e, logicamente, a mesma distância de volta. Lá se vão cerca
de duzentos quilômetros percorridos apenas para abastecimento.
Seguindo na exemplificação, a
mesma viatura da Polícia Militar de Messias Targino para ser abastecida em
Mossoró ou Pau dos Ferros, terá que percorrer mais de cem quilômetros de ida e
mais de cem quilômetros para retornar a Messias Targino.
Quando uma viatura sai do
Município onde serve para ser abastecida a dezenas ou até centena de
quilômetros de distância, ela já voltará com apenas cerca de sessenta ou
setenta por cento do combustível que recebeu no posto, o que pode ser tido como
inegável prejuízo aos cofres públicos.
Além disso, a viatura, que
geralmente perfaz todo o percurso (de ida e volta) em torno de duas horas e
meia três horas (já se considerando o tempo de espera no posto, para o
abastecimento), fica fora do serviço na comunidade por todo esse tempo.
Também ficam fora do serviço na
comunidade pelo mesmo período os policiais que seguem na viatura para que seja
feito o abastecimento.
Ou seja, para a sociedade, o
prejuízo, além de financeiro, também diz respeito à própria eficiência do
serviço público de segurança, que fica comprometida.
Todo mundo percebe esse grave erro
na forma de abastecimento das viaturas policiais do interior do Rio Grande do
Norte; menos, é claro, a cúpula da segurança pública estadual.
Fonte: O messiense
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