O
Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM) divulgou estatísticas de pacientes
vítimas de acidentes de trânsito que deram entrada na unidade no mês de março.
De acordo com os dados, 615 pessoas foram registradas no hospital, o que
significa uma média de 19,93, por dia. O número apresentado este ano revela um
crescimento de 16,5% com relação ao mesmo período do ano passado, quando foram
registradas 528 vítimas.
Do total do mês, 74,33% dos pacientes são decorrentes de acidentes de moto e 10,73% são vítimas de acidentes de carro. A maioria dos pacientes, com o total de 75,28%, é do sexo masculino. A faixa etária predominante, com o percentual de 61,3%, é de pessoas com idade entre 18 e 40 anos.
Dos 615 pacientes, 394 são de Mossoró. Entre os municípios que mais registraram as vítimas de trânsito no HRTM, estão: Baraúna (30), Assu (22), Upanema (14), Apodi (12), Areia Branca (12), Serra do Mel (11), Caraúbas (7), Grossos (6), Governador Dix-sept Rosado (6), Alto do Rodrigues (6), Tibau (6) e São Miguel (6).
No acumulado deste ano, já foram atendidos no HRTM 1.691 pacientes vítimas de acidentes de trânsito. A média mensal é de 563,67. Considerando os meses de janeiro, fevereiro e março do ano passado, o número aumentou em 7,91%.
Considerando os três primeiros meses do ano, o percentual de acidentes de moto diminui para 73,53%, enquanto os acidentes de carro aumentam para 10,94%. No resumo anual, o percentual de vítimas do sexo masculino também cai para 73,8%, enquanto a participação dos envolvidos em acidentes com faixa etária entre 18 e 40 anos aumenta para 63,15%.
Segundo dados do Departamento Estadual de Trânsito do Rio Grande do Norte (Detran/RN), Mossoró possui uma frota de 43.129 automóveis e 52.755 ciclomotores, motocicletas e motonetas.
Aumento
da frota e imprudência são alguns fatores que explicam as estatísticas
Ainda de acordo com os dados do HRTM, todos os meses do ano passado
e deste ano registraram que a maioria dos acidentados no hospital foi de
vítimas de acidentes de moto. Segundo Everaldo Morais, inspetor da Polícia
Rodoviária Federal (PRF), vários fatores contribuem para as ocorrências.
“Existe uma vulnerabilidade muito grande para quem anda de moto. Além disso, as
facilidades de adquirir o veículo são muito enormes, até por ser mais barato.
Soma-se a isso, a falta de equipamentos de segurança em alguns locais e a
imprudência dos motoristas”, afirma o inspetor.
O inspetor ainda cita outro dado que comprova a vulnerabilidade dos motoristas.
“No ano passado, 50% das mortes nas rodovias do Estado foram em acidentes de
moto. Então, podemos perceber o aumento da frota desse veículo. É necessário
aumentar a fiscalização, principalmente em locais mais afastados dos grandes
centros”, destaca Everaldo Morais.
Ele também levanta a questão da falta de licenciamento de ciclomotores. “Muitos
motoristas não têm habilitação e acreditam que não precisam cumprir a
legislação. Dessa forma, eles põem em risco não somente as suas vidas, mas
também a dos outros motoristas”, explica.
Fonte:
Jornal O Mossoroense
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