O mês de fevereiro deste ano foi de recuperação para o varejo
potiguar, segundo dados do IBGE, divulgados ontem. De acordo com a pesquisa, o
Rio Grande do Norte teve, no segundo mês do ano, o maior crescimento de vendas
do Nordeste no chamado Comércio Varejista Ampliado.
O percentual de 6,1% foi puxado sobretudo pelos setores de
supermercados e hipermercados, combustíveis e lubrificantes, materiais de
construção e farmácias.
No caso do Varejo Restrito (que exclui os setores de
materiais de construção e de automóveis), o crescimento foi de 3,8%.
O presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e
Turismo do RN diz que o número ficou acima das expectativas do empresariado e
pode ser explicado por diversos fatores.
O primeiro deles, segundo Queiroz, é o fato de que os poderes
públicos começaram o ano retomando alguns investimentos, ainda de forma tímida,
mas com impacto positivo direto e considerável no mercado.
"Em 2012, vimos uma verdadeira estagnação. Estava tudo
parado. Nem operação tapa-buraco estava havendo. Este ano, as prefeituras começaram
a fazer pequenas intervenções e o Governo do Estado também. Isso faz circular
dinheiro na economia. Em um estado pequeno como o nosso, este dinheiro novo faz
toda a diferença. E os números de janeiro - quando registramos crescimento de
quase 14% - e de fevereiro mostram isso", diz o presidente da Fecomércio.
Marcelo Queiroz reforça que o crescimento pontual do setor de
materiais de construção (alta de 4,4% no mês) é mais um indicador forte do
impacto desta retomada.
Setor de automóveis tem alta em destaque no mês
O empresário Marcelo Queiroz chama atenção para o crescimento
do segmento de automóveis (alta de 5,2% no mês). Havia uma expectativa do fim
do IPI reduzido para carros, a partir de primeiro de abril.
Isto fez as concessionárias investirem pesado nas ofertas e
nas promoções. Isto, naturalmente, leva as pessoas a comprarem. E, junto com o
crescimento das vendas de automóveis, naturalmente crescem as vendas de
combustíveis e lubrificantes", diz ele.
No caso do setor de farmácias, o presidente da Fecomércio -
que é empresário do ramo - afirma que esta alta está ligada exatamente ao maior
volume de dinheiro em circulação.
"Também não podemos esquecer que o crescimento deste ano
se dá sobre um percentual negativo (-1%) que registramos em fevereiro de 2012.
Ou seja, crescemos sobre o período de forte retração", pontua Queiroz.
Sobre as expectativas de vendas para o restante do ano, o
presidente da Fecomércio, embora otimista, adota cautela.
"Se formos olhar os dois primeiros meses deste ano, na
comparação com o ano passado, começamos muito bem. Mas, ainda é cedo para fazer
qualquer estimativa de crescimento para 2013. É preciso acompanhar os
acontecimentos. Ainda há muito a ser feito, em muitas áreas. O turismo, por
exemplo, precisa de mais atenção. Isso será definitivo para os números do
comércio este ano", conclui.
fonte: Jornal O Mossoroense
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