Funcionários
do Hospital da Mulher Parteira Maria Correia decidiram paralisar atividades por
conta de dois meses de salários atrasados. Segundo o Sindicato dos
Trabalhadores em Laboratórios e Pesquisas dos Hospitais Particulares de Mossoró
(Sintrahpam), a situação se complicou depois que o Instituto Nacional de
Assistência à Saúde e à Educação (Inase) comunicou aos funcionários que estava
deixando a administração da unidade materno-infantil.
Com a decisão dos funcionários, o Hospital da Mulher está atendendo somente urgência e emergência. "Os pacientes internados continuam recebendo tratamento e vamos manter o efetivo de 30% de acordo com a Lei de Greve. Os trabalhadores também estão com receio de não receberem as rescisões com o Inase", afirma Luiz Avelino.
Outra denúncia do Sintrahpam é que os trabalhadores já não têm mais acesso às refeições. "Por falta de pagamento, está tendo alimentação somente para os pacientes e seus acompanhantes. Isso é por enquanto, porque não sabemos por quanto tempo o fornecedor continuará atendendo à demanda", esclarece Antonino Teixeira, vice-presidente da entidade.
A vendedora Karina de Oliveira foi uma das prejudicadas pela falta de atendimento na unidade materno-infantil. Ela procurou atendimento no Hospital da Mulher depois que sofreu um aborto espontâneo. "Eu já tinha vindo aqui duas vezes e tinha sido muito bem atendida. No entanto, devido à greve, agora me encaminharam à Casa de Saúde Dix-sept Rosado", explica.
A equipe de reportagem do jornal O Mossoroense entrou em contato com a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap). No entanto, o secretário Luiz Roberto Fonseca não atendeu às ligações. A assessoria da Sesap confirmou que o titular da pasta cumpre hoje agenda em Mossoró, inclusive dará entrevista coletiva no Hospital da Mulher.
Fonte:
Jornal O mossoroense
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