Banner gigante com
o tema da campanha #CORRUPÇÃONÃO é montado na fachada do prédio
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Um banner com os
dizeres “#CORRUPÇÃONÃO” faz parte da nova fachada da Procuradoria da República
no Rio Grande do Norte. Fixado na manhã da quinta-feira, 28 de maio, a
propaganda em lona pendurada na frente do prédio, localizado em uma das
avenidas mais movimentadas do Centro de Natal, chama a atenção de quem passa no
local.
“É simples e
bonito. A gente se acostumou com a corrupção. Se não fosse a corrupção teríamos
saúde e educação de qualidade. Essa iniciativa leva as pessoas a refletirem
sobre o tema”, declarou o enfermeiro Júlio Barbosa, de 29 anos. Assim como no
Rio Grande do Norte, todas as sedes do Ministério Público Federal no país
receberão a hashtag #CorrupçãoNão em suas fachadas.
A medida faz parte
da campanha #CORRUPÇÃONÃO, desenvolvida pelo Ministério Público Federal (MPF)
em parceria com a Associação Ibero-Americana de Ministérios Públicos (Aiamp),
que conta com 21 países unidos no combate à corrupção.
A ação visa ampliar
o debate sobre o combate à corrupção, além de conscientizar as pessoas sobre o
papel do Ministério Público no enfrentamento a este tipo de crime. A campanha
#CORRUPÇÃONÃO tem foco na internet e visa atingir, principalmente, jovens de 16
a 33 anos. A ideia é explorar as redes sociais com o uso das hashtags
#CORRUPÇÃONÃO e #CORRUPCIÓNNO. A escolha do público-alvo levou em conta o
potencial mobilizador da rede e da indignação dos jovens em torno do assunto.
Segundo o
procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pesquisas recentes da
Transparência Internacional apontam que os jovens são os mais incomodados com a
corrupção. “Eles também são os mais dispostos a encarar as mudanças culturais
necessárias ao enfrentamento da corrupção”, explicou. Ele ressaltou, ainda, que
esta é uma oportunidade para reforçar o papel do Ministério Público brasileiro
no combate à corrupção nas esferas cível, criminal e, ainda, na recuperação de
ativos.
O lançamento da
campanha, que terá versões em português e espanhol, será feito em todos os
países participantes. Para o sucesso e o alcance do público durante os dois
meses de duração, foram criadas diferentes estratégias de engajamento.
"Nosso objetivo é atrair o público para, junto ao MPF, dizer 'não' à
corrupção”, reforçou a procuradora da República Anna Carolina Resende, do
Centro de Comunicação Integrada (CCI).
Os Ministérios
Públicos dos países que integram a Aiamp têm forte atuação no combate à
corrupção. A campanha foi um compromisso de Rodrigo Janot na gestão como
presidente da associação. Durante a 22ª Assembleia-Geral da Aiamp, em novembro
do ano passado, no Uruguai, ele apresentou três propostas de campanha
publicitária. Por unanimidade, foi escolhida a opção de declarar "não à
corrupção", considerada a mais adequada em função da visibilidade e
clareza da mensagem.
Engajamento – A campanha,
que tem como foco a comunicação digital, contará com um hotsite, uma fanpage no
Facebook, conta no Twitter e banners web. Entretanto, o suporte das mídias
tradicionais é fundamental para fortalecer a mensagem da campanha. Para isso,
foram produzidos vídeos e spots de rádio com duração de um minuto e de 30
segundos, mobiliários urbanos, cartazes e adesivos de veículos.
Desvio de verbas – O
Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) afirma que a corrupção
é o maior obstáculo ao desenvolvimento econômico e social no mundo. A entidade
estima que, a cada ano, pelo menos US$1 trilhão são gastos em subornos,
enquanto cerca de US$ 2,6 trilhões são desviados. A soma é equivalente a mais
de 5% do PIB mundial.
A campanha reforça
que é preciso dizer 'não' à corrupção, por menor que ela seja, em todos os
lugares: em família, nas ruas, nas conversas informais. Anna Carolina reforça
que o sucesso do movimento #CORRUPÇAONÃO depende da participação de todos. “É
importante destacar que comportamentos simples como furar fila, falsificar
carteirinhas de estudante, ou subornar um agente de trânsito, por exemplo,
também são atos de corrupção. Nosso objetivo maior é mostrar que a mudança
ética em favor da sociedade começa nas atitudes de cada um”, explica.
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