quinta-feira, 7 de maio de 2015

POLÍCIA PRENDE ASSASSINO DE MÁXIMO

Jean Rocha foi preso, no bairro Pitimbu, onde mora com os pais e irmãos. À imprensa disse: “Minha pena é morrer do mesmo jeito”


Marcelo Lima
Repórter


Prestes a sair de casa para beber com um amigo no bairro Pitimbu, na zona Sul de Natal, Jean de Araújo Rocha, de 19 anos, foi preso na tarde de ontem. Depois de ser levado para a Delegacia Especializada em Homicídios (Dehom), ele confessou ter matado o estudante universitário Máximo Augusto Medeiros de Araújo, de 23 anos, na madrugada do dia 1º de maio. Chorando ardorosamente, o latrocida foi apresentado à imprensa ontem à noite. “Acho que a pena que eu podia conseguir é pagar na mesma moeda, morrer do mesmo jeito que ele morreu”, disse ele. 

A Polícia Civil também prendeu  Erick Jonatha da Silva, de 25 anos, suspeito de ter auxiliado a venda de peças do carro do universitário no Planalto. Outro suspeito que também teria participado da venda ainda não foi preso. A polícia não falou em nomes, mas Erick da Silva o identificou como “Rafael”. No entanto, segundo a polícia, somente Jean cometeu o crime que acabou com a vida do estudante de 23 anos.  

Segundo depoimentos de Jean Rocha, o motivo do crime foi um desentendimento dentro do quarto do motel. De acordo com a polícia, o assassino teria utiliza de técnicas de artes marciais para dominar Máximo Augusto e, em seguida,asfixiá-lo. “A vítima estava um pouco alterada por conta do álcool. Por isso, também não foi tão difícil dominá-la. Então, ele [Máximo] veio a desmaiar e foi colocado dentro da mala do carro”, contou Fábio Rogério.

Conforme o delegado, os funcionários do motel não conseguiram ter visão adequada das pessoas dentro do carro em razão do funcionamento do motel. “Quando o carro saiu estava fechado e não deu para identificar ninguém, porque na saída apenas a porta se abre, o cara já tem pago. Então, a porta se abre e o cara sai”, explicou. Depois de deixar o motel no bairro de Candelária, Jean dirigiu até a comunidade do Arisco, em São Gonçalo e se desfaz do corpo numa estrada carroçável. 

Tudo teria começado com uma proposta de Máximo a Jean ainda na frente da boate Vogue em Candelária. “Ele nega que seja garoto de programa. Ele disse que tinha pego uma menina em locais que têm mulher da vida e já amanhecendo o dia, estava passando pela frente da Vogue quando foi abordado pela vítima que falou no programa. Então, ele aceitou por R$ 70 e foi para o motel”, contou o delegado. Questionado se realizava programas sexuais rotineiros, Jean negou. 


Para se livrar do veículo, o latrocida seguiu para o Planalto. No bairro, ele passou o carro para Rafael, um amigo seu. O delegado não falou quais os valores envolvidos nessa negociação. É neste momento que entra Erick Jonatha da Silva. Como havia trabalhado por seis anos em uma oficina de refrigeração de automóveis, Rafael  chamou Erick para entrar no negócio.  


No sábado (02), Erick e Rafael foram até o estabelecimento vender a direção hidráulica e o ar condicionado. Até o momento, a dupla já havia conseguido R$ 1.300 e ainda iriam receber mais R$ 500 pelos produtos posteriormente. 


O delegado informou que a oficina não deverá responder por receptação dado que a transação foi feita antes de o carro ter registro de roubo e furto. Segundo o titular da Delegacia de Homicídio (Dehom), Fábio Rogério da Silva, os três são conhecidos. Erick fora preso pela manhã e Jean logo no início da tarde. “A gente já tinha ideia de quem seria, mas ainda não tinha certeza”, disse o delegado. A certeza veio com o depoimento de Erick. Segundo o próprio Jean, eles jogavam futebol juntos “nas antigas”. Apenas Erick já tinha ficha criminal, mas o delegado não especificou por qual crime. 


Fonte: Tribuna do Norte

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