Do
Jornal de Fato
A juíza Kátia
Cristina Guedes Dias, de Apodi, decretou a prisão preventiva do ex-prefeito
Braz Costa Neto em cinco processos, atendendo pedido do Ministério Público
Estadual. As ordens judiciais foram cumpridas por volta das 14h desta
sexta-feira,28, pela Policia MIlitar de Apodi.
Brás Costa,
que administrou Felipe Guerra de 2005 a 2011, quando foi afastado do cargo por
determinação judicial em processos por corrupção, está recolhido no Centro de
Detenção Provisória de apodi. Como ele não tem ensino superior, está em cela
comum, junto com os demais presos.
Brás Costa
foi investigado pelo Ministério Público Estadual e a Policia Civil na Operação
'Ave de Rapina'. Na ocasião foi exposto que o ex gestor havia simulado obras e
contratos com pessoas físicas dando um prejuízo de R$ 1,33 milhão aos cofres
públicos de Felipe Guerra.
Além de
dezenas de obras que os recursos foram gastos e nada foi feito, Brás Costa
também pegava cadastro de pessoas humildes na Prefeitura de Felipe Guerra e
simulava pagamentos com assinaturas falsas em documentos como se estas tivessem
prestado serviços a Felipe Guerra.
Estes
simulações foram descobertas quando as pessoas perceberam que estavam com seus
CPFs cancelados junto a Receita Federal e ficaram impedidas de receber ajuda de
programas federais. Os CPFs haviam sido cancelados devido a faturamento de
somas acima de R$ 100 mil sem o recolhimento dos impostos.
Acredita-se
que estes recursos foram todos desviados por Braz Costa e seus aliados.
O quadro é
tão grave que as cinco prisões preventivas decretadas nesta sexta-feira, 28,
não tem relação com os fatos narrados acima. Estes procesos, por envolver
desvios de recursos federais, estão na Justiça Federal de Mossoró, aguardando
julgamento.
"Nestes
casos, a gravidade é muito grande", destaca o promotor Silvio Brito, lembrando
do graude de maldade do ex-gestor e aliados com várias famílias humildes de
Felipe Guerra que ficaram impedidas de receber ajuda dos programas federais
devido ao impedimento nos CPFs.
Segundo o
promotor Silvio Brito, Brás Costa teve prisão preventiva decretada em cinco
processos por responder 16 ações penais na Comarca de Apodi, em função de
vários crimes graves que praticou como gestor de Felipe Guerra no período de
2005 a 2011.
"Ele
(Bráz Costa) estava respondendo 16 ou 17 ações penais em liberdade e praticando
outros crimes. Durante a eleição, ele foi preso e autuado em flagrante fazendo
boca de urna. Daí solicitei a prisão preventiva dele nos procesos e a Justiça
decretou em cinco", explica Silvio Brito.
"Ele não
pode zombar do Poder Judiciário como fez quando praticou crimes, mesmo que
estes sejam na esfera eleitoral, quando já respondia 16 ações penais na Justiça
de Apodi. A prisão preventiva foi em função destes novos crimes que ele
praticou", destaca o promotor de Justiça.
Ações
Silvio Brito
lembra que além destas 16 ações que já estão tramitando na Justiça de Apodi,
nas próximas semanas o Ministério Público Estadual deverá está ingressando com
outras trinta ações criminais, com teor igualmente grave.
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