sexta-feira, 7 de novembro de 2014

MAIS DE DUAS MIL FAMÍLIAS VIVEM EM EXTREMA POBREZA EM MOSSORÓ

Número de miseráveis no país teve aumento

Os dados apresentados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) referentes à pobreza e ao desenvolvimento social no Brasil revelaram que o índice de miseráveis no país aumentou pela primeira vez nos últimos dez anos. Em Mossoró, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 2.325 famílias vivem sem nenhuma renda mensal.
O Nordeste também foi lembrado pelo balanço do Instituto. Segundo os dados, a região é a que mais concentra miseráveis, com 56,5% de sua população vivendo em situação de extrema miséria. Em 2012, o número chegava a quase 60% da população. 
Dos cinco estados mais miseráveis do Brasil, quatro estão no Nordeste (Bahia, Maranhão, Ceará e Pernambuco). O Sudeste vem na segunda posição no mapa da miséria, com 20,6% de miseráveis; na sequência, o Norte, com 14,2%, completa o pódio do pauperismo no país.
Os dados do Ipea levam em consideração os critérios da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). Os dois organismos baseiam-se em uma estimativa do valor de uma cesta de alimentos com o mínimo de calorias necessárias para suprir adequadamente uma pessoa. 
Para o Instituto, a renda mínima para a subsistência é de R$ 123,00, o Governo Federal discorda dos números e defende que essa linha é R$ 70,00. Mossoró tem hoje 12.358 pessoas que vivem com um ¼ de salário mínimo, ou R$ 181,00, número muito próximo ao limite determinado pelo Ipea.
Pobreza no Brasil cai nos últimos 10 anos
Apesar do aumento da extrema pobreza, a população considerada pobre (vítima de carência econômica, mas que vive acima da linha da pobreza) continuou a cair no ano passado pelos critérios da FAO e da OMS. O total passou de 30.350.786, em 2012, para 28.698.598, em 2013, redução de 5,44%. Em termos percentuais, a fatia de pobres caiu de 15,93% para 15,09%.
De acordo com os dados, nos últimos 10 anos, a redução da pobreza no Brasil foi de mais de 53%, número potencializado pelos programas assistencialistas promovidos pelo Governo Federal e que permitiram a ascensão social, e o aumento do poder de compra de milhões de brasileiros.
Em relação à extrema miséria, a redução também foi acentuada na última década. Em 2002, segundo o banco de dados do Ipea, as pessoas em extrema pobreza eram 23.862.280, hoje o número é de 10.452.383.
Outras informações levantadas pelo atual balanço do Ipea se referem ao desemprego no Brasil entre os extremamente pobres. Os desempregados nesta faixa econômica são cerca de 30%, número maior do que em 2012, quando a falta de ocupação atingia 25,5% dos mais pobres. A remuneração média dos extremamente pobres empregados é de R$ 123, 80, R$ 5,90 menor do que em 2012, quando o salário médio era de R$ 129,70.

Via: O Mossoroense

 


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