Cerca de 600 jumentos recolhidos em estradas estão em fazenda de Apodi (Foto: Odacy Amorim) |
Promotor Sílvio Brito é o autor da proposta (Foto: Cedida/Arquivo Pessoal) |
Sílvio Brito, da
Promotoria de Apodi, promoverá almoço de degustação.
Ideia surgiu para dar destinação a 600 animais apreendidos nas estradas.
Felipe Gibson
Do G1 RN
Carne de jumento no cardápio dos
detentos do sistema penitenciário do Rio Grande do Norte. É o que propõe o
promotor Sílvio Ricardo Brito, da 2ª Promotoria de Apodi, cidade do Oeste do
estado, para dar uma destinação aos cerca de 600 animais apreendidos nas
estradas federais que passam pela região. A proposta será pauta de um almoço
marcado para a próxima quinta-feira (13), oportunidade na qual autoridades
convidadas experimentarão pratos com carne de jumento. "Vão comer e saber
que é uma alimentação saudável", diz o promotor.
Sílvio Brito explicou ao G1 que a ideia surgiu após reuniões com
professores do curso de Veterinária da Universidade Federal Rural do Semi-Árido
(Ufersa). "Chegamos à conclusão que uma das soluções para a questão dos
animais apreendidos é estimular o consumo da carne de jumento. Os veterinários
atestaram que o alimento é próprio para o consumo humano. Não é consumido por
uma questão cultural. Queremos quebrar essa barreira", conta.
A ideia de inserir a carne no cardápio do sistema penitenciário será colocada após o primeiro momento de degustação. "Dependendo da receptividade quem sabe depois podemos expandir para a merenda escolar e nos hospitais", propõe Brito. Estão convidados para o almoço prefeitos, vereadores, promotores, juízes, representantes da comunidade e diretores de unidades prisionais de Caicó, na região Seridó, além de Pau dos Ferros, Mossoró e Apodi, na região Oeste.
A ideia de inserir a carne no cardápio do sistema penitenciário será colocada após o primeiro momento de degustação. "Dependendo da receptividade quem sabe depois podemos expandir para a merenda escolar e nos hospitais", propõe Brito. Estão convidados para o almoço prefeitos, vereadores, promotores, juízes, representantes da comunidade e diretores de unidades prisionais de Caicó, na região Seridó, além de Pau dos Ferros, Mossoró e Apodi, na região Oeste.
O promotor acrescenta que tudo começou
em uma audiencia pública realizada no ano passado para tratar a questão dos
animais nas estradas. A partir de um trabalho com as polícias rodoviárias
federal e estadual formou-se uma entidade que recolheu até o momento 600
animais nas rodovias. Os bichos ficam alojados em uma fazenda da Associação de
Proteção de Animais de Apodi.
"Destinamos mais de R$ 30 mil em prestações pecuniárias de condenações judiciais para comprar medicamentos, alimentos e montar a infraestrutura das unidades, mas o custo tem cada vez mais aumentado. Daqui para o meio do ano a estimativa é que estejam alojados mil jumentos e no fim do ano dois mil animais", conclui o promotor.
"Destinamos mais de R$ 30 mil em prestações pecuniárias de condenações judiciais para comprar medicamentos, alimentos e montar a infraestrutura das unidades, mas o custo tem cada vez mais aumentado. Daqui para o meio do ano a estimativa é que estejam alojados mil jumentos e no fim do ano dois mil animais", conclui o promotor.
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