segunda-feira, 12 de maio de 2014

JUCURUTU: MORADORES DE BARRA DE SANTANA ACAMPAM NO CANTEIRO DE OBRAS DE OITICICAS

Do Blog de Sidney Silva
Os moradores da localidade de Barra de Santana acamparam no canteiro de obras de construção da Barragem de Oiticida, no munipio de Jucurutu, exigindo pagamento das áreas que foram desapropriadas pelo governo e onde será a construção da nova vila de Barra de Santana.
A obra da barragem de Oiticica, às margens do rio Piranhas-Assú perto da cidade de Jucurutu/RN, foi iniciada em agosto do ano passado ao custo inicial de R$ 311 milhões, capacidade de 556 milhões de metros cúbicos e possibilidade de atender uma população de 350 mil pessoas no Seridó e Vale do Assú.
Do total do investimento, 93,89% dos recursos são de responsabilidade do governo estadual, enquanto o Executivo potiguar ficou com a contrapartida de 19 milhões de reais.
Segundo dados da secretaria estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMARH), a obra física está 25% concluída. Inclusive a primeira parcela de milhões de reais foi repassada às empresas KL, Encalço e EIT.
Moradores da Barra de Santana, principal comunidade atingida pela obra na zona rural de Jucurutu, iniciaram um movimento na manhã de hoje (12) alegando que a União não acompanhou no mesmo ritmo a responsabilidade social, incluindo desapropriações e indenizações.  
“Estamos desesperados e na estaca zero, pois não foi paga nenhuma indenização, o desmatamento e a terraplanagem do novo local para construção da nova Barra de Santana”, lamentou a moradora Érica Gomes. Quase mil cadastrados aguardam análise junto à Procuradoria do Estado.
Um grupo está acampado em frente ao canteiro de obras de Oiticica, mas, os integrantes dos movimentos sociais que acompanham o debate afirmam que a movimentação é pacífica, está aberta à negociação e conta com apoio dos sindicatos rurais, CODEPEME, CUT, FETARN, FETAM/RN e Diocese de Caicó, entre outras entidades.
A população afirma que só deixará a área depois que o governo avançar, pelo menos, com 30% das indenizações concluídas e das casas construídos no local escolhido para reassentamento, o Alto do Paiol.


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