O
Sindicato dos Agentes Penitenciários do Rio Grande do Norte está solicitando
uma intervenção de equipes da saúde em algumas unidades prisionais do Estado.
Nesta semana, o agente penitenciário Daniel Luz morreu e, de acordo com sua
família, a causa da morte foi atestada como meningite.
“Possivelmente,
ele pegou a doença na penitenciária Mário Negócio, onde trabalhava, pois
começou com uma gripe, depois uma infecção no ouvido, resultando em meningite.
Agora, estamos solicitando que as autoridades da Secretaria Estadual de Saúde
enviem equipes para aquela unidade, bem como para outras onde estão constatados
riscos altos de doença de Chagas”, comenta Vilma Batista.
A
presidente do SINDASP-RN ressalta que o caso de meningite do agente Daniel Luz
coloca em risco outros agentes que trabalhavam com ele, bem como os próprios
detentos. “Além disso, temos recebido constantemente relatos de encontro de
barbeiros na unidade de Caraúbas e na própria penitenciária Mário Negócio, em
Mossoró. Ou seja, o risco da contaminação da doença de Chagas é alto”, afirma.
Vilma
Batista ressalta que esses problemas se agravam devido às estruturas precárias
dos presídios do Rio Grande do Norte. Boa parte deles não dispõe de um sistema
eficaz de esgoto e dejetos vazam para os pátios em áreas bem próximas ao
convívio social dos servidores e dos presos.
“Essa
é uma situação que precisa de urgência e de solução emergencial, pois estamos
lidando com vidas. Infelizmente, perdemos o agente Daniel Luz e não queremos
ver outros colegas mortos pela insalubridade do Sistema Penitenciário do Rio
Grande do Norte”, completa Vilma Batista.
Ela
frisa ainda que os agentes penitenciários lutam para construir um sistema
penitenciário eficaz, mas que para isso também precisam ser valorizados e
respeitados por parte do Governo do Estado.
5ª morte do ano
5ª morte do ano
O Estado vive uma preocupação com a meninginte. No último dia 24, o
estudante universitário André Donaldson Mendes, de 23 anos, morreu por conta da
doença. A infecção era de Neisseria meningitides (meningococo), o caso mais
grave de meningite.
A morte preocupou o Estado sobre essa doença e foi emitida nota pela
Secretária do Estado de que 46 notificações casos de suspeitas de meningite
foram registrados em 2014.
Fonte: Jornal de Fato
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